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PIB da região cresce 10,67% e soma R$ 34 bilhões

Impulsionado pelo agronegócio e pela indústria, valor registrado em 2016 nos municípios dos Campos Gerais é 10,67% superior aos registrados no ano anterior

Embora Ponta Grossa tenha o maior parque industrial do interior do Estado, o setor de serviços tem a maior representatividade
Embora Ponta Grossa tenha o maior parque industrial do interior do Estado, o setor de serviços tem a maior representatividade -

Fernando Rogala

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Impulsionado pelo agronegócio e pela indústria, valor registrado em 2016 nos municípios dos Campos Gerais é 10,67% superior aos registrados no ano anterior

A força da produção industrial e do agronegócio alavancaram o Produto Interno Bruto (PIB) da região dos Campos Gerais. Números revelados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2016, mostram que a soma de todas as riquezas geradas nos 27 municípios somou a cifra de R$ 34,25 bilhões. O montante é R$ 3,3 bilhões superior aos R$ 30,95 bilhões acumulados em 2015, o que corresponde a um incremento nominal de 10,67%. Se considerar, porém, a inflação acumulada no período – e aqui o indicador mais recomendado para esse cálculo é o IGP DI, que fechou o ano com alta de 7,15% - verifica-se um crescimento real de 3,52%. São índices superiores à média nacional e estadual, que registraram retração real no período, de 3,3% e 2,6%, respectivamente. 

Entre os setores que compõem o PIB, o de maior relevância é o de serviços, que somou R$ 12,1 bilhões em 2016, ou pouco mais de um terço do total das riquezas geradas dos Campos Gerais. Porém os que mais registraram crescimento, ambos na casa de 15%, foram a indústria e o agronegócio. A agropecuária passou de um Valor Adicionado de R$ 4,5 bilhões para R$ 5,27 bilhões (alta de 15,6%), enquanto que a indústria teve uma elevação de R$ 1,2 bilhão nas riquezas produzidas no acumulado de 2016, vindo a atingir R$ 9,26 bilhões, alta de 15,2%.

Nas 27 cidades que compõem a região dos Campos Gerais, cinco setores lideram a geração de riquezas. O maior VA na maior parte deles, em 12, é do agronegócio, mostrando a força do campo na economia regional, enquanto que o setor de serviços aparece na segunda colocação, líder em 9 cidades. A indústria também se destaca em alguns municípios, apresentando-se como a principal atividade econômica em Jaguariaíva, Ortigueira e Telêmaco Borba. Em outras duas cidades a administração pública é o maior destaque da economia e seguridade social (Cândido de Abreu e Curiúva) e a construção, apontada como a maior atividade em Porto Amazonas em 2016.

A professora doutora Augusta Pelinski Raiher, do curso de Economia da UEPG, reconhece a expressividade dos valores e explica que o agronegócio, setor forte na região, mantém a estabilidade da economia mesmo momento de crise. E que esse crescimento da indústria é reflexo de um conjunto de fatores. “Viemos, desde 2010, com ações que vem fomentando a industrialização, e programas que intensificaram não só a instalação de novas, mas a ampliação de indústrias já instaladas, como o Paraná Competitivo. Ações pontuais, mas executadas nos últimos anos, que repercutem positivamente hoje na aceleração do PIB de Ponta Grossa e regional”, destaca.

Ranking

No ranking dos municípios de maior PIB, Ponta Grossa permanece na liderança, com mais de um terço do total regional, somando R$ 12,97 bilhões. É quase quatro vezes mais do que o valor registrado em Telêmaco Borba, que somou R$ 3,3 bilhões. Casto mantêm-se na terceira posição com um PIB que atingiu R$ 2,5 bilhões. São dez municípios cujo PIB supera a cifra de R$ 1 bilhão. O menor valor da região é de Porto Amazonas, que neste ano chegou a R$ 101,6 milhões.

Todos os municípios da região tiveram alta nominal em 2016 

Entre os municípios dos Campos Gerais, o que mais elevou o seu PIB foi Palmeira. A ‘Cidade Clima’, como é mais conhecida, registrou um crescimento de 25,75%, impulsionado pelo crescimento do Valor Adicionado da indústria, que cresceu 63,11% e se aproximou dos R$ 300 milhões. Mesmo com o índice deflacionado, o crescimento real foi na casa dos 18% em Palmeira. Na segunda colocação, com um crescimento muito próximo, ficou Ortigueira. O município que recebeu a fábrica da Klabin, que iniciou suas operações justamente em 2016, fez com que o Valor Adicionado da indústria do município crescesse 71,7%, o maior crescimento industrial da região. Com isso, Ortigueira acumulou um crescimento de 24,5%. Se a indústria impulsionou os índices, ela foi bastante irregular entre os municípios: 15 registraram uma redução real. Cabe destacar que nenhuma das 27 cidades registrou queda nominal no PIB, e 17 delas apresentaram um crescimento real na comparação com 2016

PIB de Ponta Grossa cresce 9,9% atinge R$ 12,97 bi

A economia ponta-grossense cresceu em 2016. Mesmo ainda sendo o auge da crise, em que a economia nacional teve uma retração de 3,3% em números reais, Ponta Grossa, com a força do seu parque industrial, registrou um crescimento superior a R$ 1 bilhão no seu Produto Interno Bruto (PIB). Os R$ 11,8 bilhões registrados em 2015 saltaram para R$ 12,97 bilhões em 2016, ou seja, um crescimento real de exatos 9,92%. Mesmo se considerar a inflação registrada no período, o município teve um crescimento real de 2,58%.

Com esse resultado, Ponta Grossa ganhou posições no ranking nacional do PIB, ao passar da 74ª para a 72ª. Na região Sul do Brasil, manteve a 14ª posição, assim como continua na sétima colocação em âmbito estadual. O valor registrado no município também foi na contramão da economia estadual, que registrou uma redução de 2,6% em 2016, fechando o ano com R$ 401 bilhões. Os quase R$ 13 bilhões registrados por Ponta Grossa correspondem a 0,21% de toda a riqueza produzida no Brasil (R$ 6,26 trilhões).

Entre os setores que compõem o PIB, o de maior participação é o de serviços, que atingiu R$ 5,75 bilhões. Na segunda colocação apareceu a indústria, que reduziu a diferença e aumentou a participação ao chegar a R$ 3,94 bilhões após crescer cerca de 6% em números reais e 13,6% nominais – 2016 foi o ano da inauguração da Ambev e da ampliação da Heineken. A agropecuária, embora represente um percentual muito baixo do todo (R$ 271 milhões), teve o maior crescimento, de 15,7% nos cálculos reais. O PIB per capita atingiu R$ 38 mil.

Para Augusta Pelinski Raiher, o crescimento de 15% no valor adicionado da agropecuária foi bastante significativo. Isso, somado à indústria, fez que o município se destacasse perante os outros. “Se observar a crise no Brasil desde 2013, Ponta Grossa sentiu, perdeu emprego, mas se analisar comparativamente, não foi tão intenso, porque a dinâmica é pautada na agropecuária e temos um setor industrial muito forte e pujante nos últimos anos”, analisa.

Maiores cidades do Paraná registram retração econômica

Entre as maiores cidades paranaenses, que possuem mais de 250 mil habitantes, apenas Ponta Grossa e Foz do Iguaçu registraram um crescimento real no PIB em 2016. O município que mais produziu riquezas no Paraná foi Curitiba, que teve uma retração, inclusive nominal, de R$ 83,85 bilhões para R$ 83,78 bilhões. A segunda que mais produziu riquezas foi São José dos Pinhais, a que teve a maior queda no PIB, uma redução nominal de 11,69%, cujo valor caiu de R$ 22,80 bilhões para R$ 20,14 bilhões. Londrina, com o terceiro melhor resultado (R$ 18,4 bilhões) e Maringá com o quarto (R$ 16,12 bilhões), tiveram queda média de 3%. Já Cascavel, que tem um PIB menor que Ponta Grossa, que somou R$ 10,78 bilhões, registrou queda real de apenas 0,61%. Foz do Iguaçu passou de R$ 12 bilhões para R$ 13,38 bilhões, atingindo uma alta nominal de 11,55% e crescimento real de 4,11%.

Município            Valor                 Variação

Ponta Grossa R$ 12.974.926 9,93%

Telêmaco Borba R$ 3.389.481 14,86% 

Castro                 R$ 2.507.122 10,87% 

Irati                         R$ 1.574.267 6,21% 

Jaguariaíva     R$ 1.384.708 7,51% 

Carambeí         R$ 1.305.535 10,13% 

Palmeira         R$ 1.293.987 25,75% 

Ortigueira         R$ 1.218.460 24,51% 

Prudentópolis R$ 1.056.262 13,42% 

Arapoti                 R$ 1.042.279 0,99% 

Tibagi                 R$ 888.413 10,62% 

Imbituva         R$ 724.966 4,65% 

Piraí do Sul         R$ 684.630 6,19% 

Reserva                 R$ 566.686 7,62% 

São J. do Triunfo R$ 456.013 3,90% 

Sengés                 R$ 449.044 18,97% 

Ipiranga                 R$ 396.064 2,42% 

Teixeira Soares R$ 328.593 11,49% 

Rebouças         R$ 324.915 6,60% 

Când. de Abreu R$ 300.679 14,18% 

Ivaí                         R$ 284.000 4,81% 

Ventania         R$ 233.174 4,11 %

Curiúva                 R$ 227.006 15,89% 

Imbaú                 R$ 203.825 15,11% 

Guamiranga         R$ 191.881 3,81% 

Fern. Pinheiro R$ 150.552 11,56% 

Pto Amazonas     R$ 101.641 10,11%

Total                R$ 34.259.109 10,67%

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