Crônica dos Campos Gerais: Metáfora do moinho | aRede
PUBLICIDADE

Crônica dos Campos Gerais: Metáfora do moinho

Texto de autoria de Sílvia Maria Derbli Schafranski, advogada e Mestre em Ciências Sociais pela UEPG, residente em Ponta Grossa, escrito no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais

Imagem ilustrativa da imagem Crônica dos Campos Gerais: Metáfora do moinho
-

Publicado por Camila Souza.

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

No coração da pequena Colônia Castrolanda, encravada no interior do Paraná, ergue-se majestoso o imponente moinho de vento, um dos símbolos mais marcantes da região.

Elevam-se as grandes pás giratórias e estrutura de madeira robusta. Não apenas um marco histórico, é também um ponto de referência para moradores e visitantes.

Naquela tarde ensolarada, enquanto o movimento turístico se intensificava, algo incomum acontecia. Entre os turistas tirando fotos e os moradores aproveitando o dia de folga, uma figura se esgueirava pelas sombras, tentando passar despercebida.

Era Ariel, um jovem inquieto em busca de um momento de paz e introspecção. Envolto pelo ruído da cidade e as conversas animadas dos visitantes, seus pensamentos pareciam barulhentos demais: – O moinho, erguido como um guardião solene na vastidão da paisagem, é mais do que uma estrutura de madeira que desafia o vento. Ele é um símbolo poderoso, um eco sussurrante da jornada humana através das estações da vida, pensou.

Em meio aos seus pensamentos, ouviu um guia gritar: – Vejam senhores esse moinho, com sua capacidade de transformar o vento em energia, nos ensina a arte da adaptação. Assim como ele ajusta as velas para aproveitar ao máximo cada rajada, nós também aprendemos a ajustar nossas velas da alma, navegando com coragem e sabedoria através das mudanças que a vida nos impõe.

Ariel imediatamente pensou: – À medida que as estações passam e os anos fluem como rios sinuosos, o moinho permanece como um farol silencioso de esperança e renovação. Ele nos lembra que, mesmo em momentos sombrios, há sempre a promessa de uma nova aurora, um novo começo esperando para nascer.

Enquanto o sol se punha lentamente, Ariel finalmente emergiu do moinho, renovado e revitalizado. Ao sair, trouxe consigo um pouco da calma e da serenidade que encontrara naquele lugar tão especial.

Quando contemplou o moinho, viu não apenas uma estrutura de madeira, mas o reflexo da própria jornada. Metaforicamente se imaginou como suas pás, girando, impulsionado pela força dos ventos da mudança. Descobriu que cada revés, cada desafio, é apenas mais uma oportunidade de crescer, de aprender, e sedimentar verdadeiros valores.

Para Ariel, o moinho se tornou um símbolo de resiliência. Entendeu que somos capazes de transformar as tempestades em calmarias, assim como o moinho converte o vento em energia.

E assim seguiu seu caminho, com propósito de voar alto e livre, como as pás de um moinho, em direção aos sonhos mais audaciosos.

*Texto de autoria de Sílvia Maria Derbli Schafranski, advogada e Mestre em Ciências Sociais pela UEPG, residente em Ponta Grossa, escrito no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais (acesse aqui).

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE