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DCE se posiciona contra instalação da PM em campus

Em nota divulgada nas redes sociais, DCE diz que a instalação de módulo da PM no campus Uvaranas da UEPG é “inadmissível”

Governo estadual garantiu base da PM dentro do campus de Uvaranas da UEPG
Governo estadual garantiu base da PM dentro do campus de Uvaranas da UEPG -

Da Redação

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Em nota divulgada nas redes sociais, DCE diz que a instalação de módulo da PM no campus Uvaranas da UEPG é “inadmissível”

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) emitiu uma nota em que se manifesta contrário à instalação de um módulo da Polícia Militar no campus Uvaranas. A medida foi anunciada pela governadora Cida Borghetti dias antes do primeiro turno das eleições estaduais, com o objetivo de levar segurança aos estudantes e também aos moradores da região.

“O DCE-UEPG gestão Língua Solta considera inadmissível a instalação do módulo da Polícia Militar no Campus de Uvaranas”, consta no comunicado direcionado à comunidade universitária. “A Polícia Militar é uma instituição que permanece com a mesma estrutura que a do período da ditadura militar, reconhecidamente na época, inclusive atualmente, praticante de atos de tortura e de assassinatos”, completa o comunicado, citando pesquisa de 2015 sobre agressões cometidas por policiais.

O órgão que representa os estudantes da UEPG cita ainda que “é notória a violência perpetrada a grupos estigmatizados no Brasil, com destaque a população pobre e negra”, acrescentando ainda que “abrir a universidade para a militarização é compactuar com a violência e opressão nesse espaço da Universidade”.

Para justificar o posicionamento contrário ao módulo da PM no campus de Uvaranas, o DCE também cita a abordagem “não adequada e não empática da PM para com as mulheres”, mesmo que esta seja feita por uma policial mulher. “Entendemos que o procedimento a ser tomado, em casos de violência de gênero, é a denúncia imediata à vigilância, que já está em processo de formação para acolhimento e orientação às vítimas, e posterior denuncia através de boletim de ocorrência para a polícia”, opina o órgão.

Ainda no comunicado, que pode ser lido na íntegra, o DCE apresenta suas reivindicações para garantir mais segurança no ambiente universitário, como a implementação de uma rota segura efetiva, o incentivo à ocupação cultural e recreativa dos espaços da universidade e a desburocratização do uso de espaços da UEPG.

Repercussão e debate

Até a publicação desta matéria, mais de 300 pessoas haviam comentado na postagem da nota na página oficial do DCE no Facebook – a maior parte destes comentários se mostravam contra a posição do órgão e a favor da implantação do módulo da PM no campus. Os estudantes que se manifestaram pelas redes sociais citam o histórico de violência principalmente nas áreas mais afastadas da Universidade, com relatos de assaltos, estupros, assédios e outros tipos de crimes.

A partir das críticas, o DCE decidiu organizar um debate com a comunidade universitária para discutir as melhores medidas para minimizar o problema da segurança no campus. “(…) ficamos contentes com a presença marcante de todos os nossos colegas universitários debatendo essas pautas, mas gostaríamos que esse presença midiática fosse equivalente a presença em todos os nossos eventos que estatutariamente são abertos”, avalia o DCE.

A reunião está marcada para a próxima sexta-feira (26), a partir das 19h, na Central de Salas, no campus Uvaranas. Outras informações sobre o debate serão publicadas na página do evento no Facebook.

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