Cooperativas irão construir maltaria nos Campos Gerais | aRede
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Cooperativas irão construir maltaria nos Campos Gerais

Acordo para instalação de indústria será assinado na próxima semana. Aporte será da Frísia, Capal, Bom Jesus e Agrária

Fábio Schmidt, engenheiro e técnico em produção de cevada, diretor da empresa Protecta, faz o fomento do cultivo de cevada na região
Fábio Schmidt, engenheiro e técnico em produção de cevada, diretor da empresa Protecta, faz o fomento do cultivo de cevada na região -

Fernando Rogala

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Acordo para instalação de indústria será assinado na próxima semana. Aporte será da Frísia, Capal, Bom Jesus e Agrária

A instalação de uma maltaria na região dos Campos Gerais será anunciada na próxima semana, em uma reunião já agendada junto ao governo do Estado. O investimento, para a industrialização da cevada, será feito através de uma parceria, da intercooperação entre a Frísia, Capal, Agrária e Bom Jesus. Uma reunião, junto aos cooperados, com a apresentação do projeto para a indústria de malte, foi realizada no último dia 10 de novembro por parte da Frísia, e no dia seguinte (11 de novembro) pela Capal. 

Sem dar mais detalhes sobre o investimento, o presidente da cooperativa Frísia, Renato Greidanus, confirmou o aporte na região. “Vamos anunciar investimentos numa indústria nos Campos Gerais, na semana que vem junto ao governador Ratinho Júnior”, contou. Valores investidos, vagas a serem abertas, e capacidade de processamento não foram revelados, nem mesmo o local. Porém, fontes ligadas ao Portal aRede e Jornal da Manhã informaram que ela deverá ser instalada em uma área entre Ponta Grossa e Carambeí. 

A escolha do local para a instalação é estratégica, tendo em vista o polo cervejeiro que se tornou Ponta Grossa nesta década, com as ampliações da Heineken e a instalação da Ambev, bem como a expansão das inúmeras cervejarias artesanais implantadas na cidade. O Paraná é o maior produtor de cevada do Brasil, tendo 8 entre os 10 maiores produtores em território nacional. Nos Campos Gerais, em 2019, os municípios maiores produtores foram Ponta Grossa (área de 4,5 mil hectares), Palmeira (2,4 mil), Tibagi (2,3 mil) e Ipiranga (2 mil). Em Ponta Grossa foram colhidos 17 mil toneladas, rendendo um VBP de R$ 16,8 milhões. 

Fabio Schmidt, engenheiro e técnico em produção de cevada, diretor da empresa Protecta, que faz o fomento do cultivo de cevada na região, informa que a cevada tem ótima adaptação na região, especialmente pela alta tecnologia implantada no agro nos Campos Gerais. Todos os fatores, segundo ele, viabilizam a instalação de uma maltaria na região. “Temos um polo muito grande de produção. Temos bons resultados ultimamente com a cevada, e apesar da falta de água nesta safra, o resultado foi bem positivo em qualidade, com toda produção destinada à indústria cervejeira. Há um grande potencial de produção e o potencial de instalação da indústria é extremamente viável”, acredita.

O especialista esclarece que os municípios com maior produção e grande potencial na região são Ponta Grossa, Ipiranga, Teixeira Soares e Palmeira. E a instalação da unidade poderá multiplicar a área hoje plantada nos Campos Gerais. “Temos potencial grande; tem área que fica sem semeadura de inverno por falta de opção. Então, nós temos o potencial de triplicar a produção na região, sem problemas”, explica.

Ponta Grossa poderá receber fábrica de garrafas

O polo cervejeiro em Ponta Grossa, além da maltaria, pode atrair um outro investimento. É o de uma indústria de vidros, para a produção de garrafas, para também abastecer as cervejarias. Uma grande empresa do setor está negociando com o município há alguns meses. O município reúne as características propícias para a instalação, pois, além das empresas que irão adquirir os produtos, Ponta Grossa possui, em sua geologia, características que permitem abundante matéria prima para a indústria de vidros. O nome da indústria em questão ainda não foi revelado pela prefeitura, em virtude do sigilo exigido pela empresa. 

O secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação profissional, José Loureiro, confirmou que o município segue em tratativas. “Eles querem vir para Ponta Grossa, pela capacidade de produção de cerveja. Eles ainda estão em negociação com o governo do Estado, mas devem estar esperando as eleições”, disse.

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