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Região produz 2,7 milhões de toneladas de grãos

Clima impactou e produção de ambos os cultivos teve queda na comparação com a safra 2019/2020

Produção de soja e de milho foi inferior à safra anterior na região
Produção de soja e de milho foi inferior à safra anterior na região -

Fernando Rogala

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Clima impactou e produção de ambos os cultivos teve queda na comparação com a safra 2019/2020 

Produtores rurais da região dos Campos Gerais concluíram, nos últimos dias, a colheita da primeira safra de soja e milho. Em ambos os cultivos, houve uma redução na produtividade, na comparação com o obtido na safra passada, bem como ficou abaixo do inicialmente previsto. Ambos os cultivares foram prejudicados pelo clima irregular, com períodos de muita chuva por dias seguidos, e depois a estiagem. Contudo, o preço alto de venda dessas commodities, fez desta uma safra rentável aos agricultores. 

No caso da soja, que é o principal cultivar dos Campos Gerais, em uma área plantada de 558,2 mil hectares, o rendimento médio obtido foi de aproximadamente 3,8 mil hectares, informou o economista Gil Oliveira da Costa Junior, que atua no núcleo regional de Ponta Grossa do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab). Trata-se de uma retração de quase 6% na comparação com o obtido na safra 2019/2020, quando o recorde de 4.038 quilos por hectare foi obtido. Com isso, o total produzido na região deverá ficar na casa de 2,1 milhões de toneladas (no ano passado, 2,24 milhões de toneladas foram produzidos). 

A previsão inicial para esse cultivar nos Campos Gerais era de 3,9 mil quilos por hectare. “Ainda assim ficou dentro do esperado entre 3,7 e 4 mil quilos. Essa quebra, em torno de 5%, ocorreu muito em função do clima. O mofo branco começou a aparecer em janeiro, quando houveram muitos dias de chuva subsequentes, e os produtores não conseguiram entrar com a aplicação de fungicidas”, disse Oliveira, acrescentando que os produtores conseguiram fazer a colheita com a umidade adequada, o que garantiu boa qualidade dos grãos. Isso também favoreceu aos produtores na venda, cujo valor do grão subiu 86% nos Campos Gerais – neste ano o valor médio pago pela saca de 60 quilos é de R$ 168; enquanto que no ano passado, no mesmo período, o valor era de R$ 90.

Já o milho, que ocupou uma área plantada de 68.450 hectares, obteve o rendimento médio de 9,05 mil quilos por hectare. Isso representa uma redução de 16% em relação à safra passada, de 10,85 mil quilos. Quanto ao total produzido nesta safra, o valor aproximado é de 620 mil toneladas. “Essa queda na produtividade ocorreu muito em função da cigarrinha, de difícil controle, mesmo com o pessoal fazendo mais aplicações de inseticidas e diminuindo o intervalo nas aplicações. E para a segunda safra segue a mesma preocupação”, informou Oliveira. Quanto ao preço pago ao produtor, o valor mais que dobrou, subindo de R$ 40 (abril de 2020) para R$ 95,50, ou seja, incremento de 138,75%. 

Clima frio impacta no feijão 

Quanto ao feijão de segunda safra, plantado em área superior a 45,5 mil hectares, a temperatura está impactando na produção, assim com a presença de doença no cultivar. “Com a queda na temperatura, os produtores estão sofrendo um pouco, e em algumas áreas já tivemos relatos de antracnose, que preocupa. A temperatura baixa colabora para o crescimento irregular das plantas”, esclarece Oliveira. Já no que tange ao plantio da safra de inverno, para alguns municípios da regional já abriu a janela do zoneamento, mas o plantio ainda não foi iniciado por falta de chuva. “Os produtores estão segurando o plantio. Embora já estejam liberados, eles aguardam as chuvas para ter condição melhor”, afirmando que a expectativa é de que a área plantada seja semelhante à do ano passado, na casa de 150 mil hectares.

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