Cidades da região puxam a geração de empregos no PR

Somadas as vagas geradas por Carambeí, Ortigueira e Ponta Grossa, foram mais de 7,6 mil postos criados em um ano

Municípios da região dos Campos Gerais contribuíram para que o saldo da geração de emprego ficasse positivo no Estado do Paraná em 2019. Um levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos números da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) 2019, mostrou que três municípios da região, Ortigueira, Ponta Grossa e Carambeí, estão entre os 15 que mais ampliaram o número de trabalhadores formais no Estado do Paraná. Somados os saldos desses três municípios, foram 7.655 novas vagas criadas, valor que corresponde a 7,6% do saldo do Paraná (100,5 mil postos criados no decorrer do ano).

A cidade que teve o maior saldo na geração de emprego foi Curitiba, com 34,2 mil vagas criadas no decorrer de 2019. Contudo, em uma avaliação diferenciada, em relação à cidade que mais ampliou o número de vagas em âmbito percentual, a que mais cresceu no Paraná no ano foi Ortigueira. A cidade, que fechou 2018 com 3.117 pessoas empregadas formalmente, registrou a contratação de 3.376 no acumulado de 2019, fechando o ano com 6.493 trabalhadores com carteira assinada. Isso representa uma variação relativa de 108,3%, mais que o dobro em relação à segunda colocada, que foi Itambé, onde a variação foi de 47,7%. 

O município de Carambeí é outro que se destaca neste ranking de variação relativa. A cidade ampliou em 1.854 o número total de trabalhadores com carteira assinada, o 14ª melhor resultado do Paraná. Em 2018, o município contava com 7.403 trabalhadores formais, valor que aumentou para 9.257, o que corresponde uma evolução de 25,04%, o quinto maior crescimento do Estado. Em ambos os casos, essas contratações são relacionadas à indústria. Enquanto em Carambeí há uma contratação direta por empresas do setor, especialmente do ramo alimentício, informa o estudo do Dieese, em Ortigueira a variação é impulsionada pela construção do Projeto Puma, unidade industrial que produzirá papeis para embalagem, criando vagas na construção civil. 

No caso de Ponta Grossa, no decorrer de 2019, um total de 2.425 novas vagas de emprego foram geradas, posicionando a cidade na 11ª posição entre as cidades que mais criaram novas vagas no ano. Ponta Grossa passou de 87.895 para 90.320 trabalhadores formais, com carteira assinada, o que equivale a uma ampliação de 2,76% no estoque de empregos. De acordo com o estudo do Dieese, é o setor da construção civil que impulsionou a geração de vagas na cidade. Esse total, de 90,3 mil trabalhadores formais, é o sexto maior do Paraná, atrás de Curitiba (918,2 mil), Londrina (167,5 mil), Maringá (164,8 mil), Cascavel (107,8 mil) e São José dos Pinhais (100,9 mil).

Serviços lideraram na geração de emprego no ano

No Estado do Paraná, os subsetores que mais geraram empregos em 2019 em relação a 2018 foram: Administradoras de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos profissionais, auxiliar de atividade econômica (25.072), Indústria de Alimentos e bebidas (19.769), Construção civil (14.867), Comércio varejista (12.815), Comércio atacadista (7.528) e Transporte e Comunicações (7.286). Por outro lado, os que mais perderam empregos foram: Indústria da Madeira e mobiliário (-4.055), Agropecuária (-3.665), Indústria Têxtil (-1.936), Indústria do Material elétrico e de comunicações (-902) e indústria Metalúrgica (-668). Dos 399 municípios paranaenses, 236 apresentaram geração de empregos, o que representa 59,1% do total das cidades.

Retração

Já os municípios que mais perderam empregos no Paraná em 2019 foram Ponta do Paraná (-2.079), Paranacity (-973), Colombo (-763), Terra Rica (-653), Ivaté (-561), Moreira Sales (-555), São Pedro do Ivaí (-464), Quatro Barras (-425), Itaperuçu (-419), Astorga (-404), Cidade Gaúcha (-396), Tapejara (-384), União da Vitória (-332), Palmas (-329) e Tamarana (-320). Juntos estes 15 municípios perderam 9,1 mil empregos formais em 2019.