Parque Histórico de Carambeí é referência nacional
Espaço dividido em alas temáticas aborda todos os aspectos da cultura holandesa
Publicado: 14/06/2021, 21:33
Espaço dividido em alas temáticas aborda todos os aspectos da cultura holandesa
Considerado o maior museu a céu aberto do país, o Parque Histórico de Carambeí é uma referência para o turismo na região dos Campos Gerais. O espaço tem como principal compromisso a preservação da memória e da cultura dos imigrantes que se estabeleceram na cidade. Estas manifestações estão presentes em todos os locais do parque, que reproduzem, em réplicas arquitetônicas, o estilo de vida dos colonos holandeses que habitaram a região no século XX, destacando as experiências que moldaram a construção de Carambeí.
O historiador e coordenador do Parque Histórico, Felipe Pedroso, concedeu entrevista ao Painel Digital promovido pelo Jornal da Manhã e Portal aRede nesta segunda-feira (14). Segundo ele, o local figura entre os 100 museus mais visitados do Brasil. “Como o parque completa 20 anos em 2021, temos uma série de atividades especiais sendo desenvolvidas. Infelizmente, por conta da pandemia, não será da maneira que esperávamos”, explica Pedroso. De acordo com o coordenador, serão elaborados eventos online para o público em breve.
O espaço do parque é dividido em alas temáticas. Uma delas é a área dos jardins, que é tratada também como um importante viés histórico e atrai o interesse dos visitantes com uma beleza única. Outro setor que abriga boa parte da história holandesa é a Casa da Memória. O local contempla um antigo estábulo datado de 1946. Para estruturar os cenários foi necessário a ajuda de muitas pessoas que doaram objetos que pertenceram aos seus antepassados. Estes itens que auxiliaram a compor as exposições de longa duração e contar a história da imigração em Carambeí.
A ala da Vila Histórica é uma das que mais chama atenção no Parque. “Este é um espaço que busca representar como funcionava a dinâmica de sociabilidade entre as mais diversas etnias por volta da década de 1930”, relata o coordenador do parque, destacando o curioso conjunto arquitetônico existente neste setor. “Também temos o Museu do Trator e Parque das Águas, que replica um parque ambiental holandês. Além dos atrativos físicos, também temos uma programação bem variada”, explica.
Após o avanço da pandemia, o Parque Histórico sofreu com a queda no número de visitantes e teve de adequar alguns de seus atrativos. “Acredito que ainda não é possível ter a real dimensão do impacto causado pela covid-19 no turismo”, lamenta Pedroso. De acordo com ele, a administração aproveitou este período para reestruturar a Casa da Memória e inaugurar uma nova exposição, que remete à presença da cultura oriental na cidade. “Estamos seguindo um protocolo bem rigoroso estabelecido por órgãos internacionais ligados à gestão dos museus”, relata.
Administração prevê retomada de eventos de forma gradual
A principal estratégia adotada pelo Parque Histórico com o avanço da pandemia foi a virtualização das ações ofertadas aos turistas. “Nós já vínhamos trabalhando com esse processo nos últimos anos, em algumas exposições isoladas”, explica o coordenador Felipe Pedroso. De acordo com ele, mesmo nos períodos em que o parque não recebeu visitantes, houve um bom engajamento através das iniciativas online nas redes sociais. Mesmo assim, a gestão já se prepara para o retorno dos eventos presenciais, que também são um ponto forte do parque. “Ainda não é possível dar um diagnóstico. Tudo vai depender das normativas sanitárias e dos decretos. No entanto, pretendemos efetivar essa retomada em um futuro não muito distante”, ressalta.