Caravana de Reis leva mensagem de fé às famílias | aRede
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Caravana de Reis leva mensagem de fé às famílias

Gabriel Sartini

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Por mais um ano a Caravana dos Reis Magos cumpriu a tradição e visitou igrejas e residências. Cerca de 50 pessoas, entre músicos, coral e os três Reis Magos fizeram as visitas, que aconteceram no domingo (5) e nesta segunda-feira (6), marcando o fechamento do período de Natal. A Caravana refaz a visita que os três Reis Magos fizeram ao menino Jesus recém-nascido.

Os três reis magos, Gaspar, Melchior e Baltazar são representados mais uma vez pelo gráfico aposentado Jamil Prestes Santos, o motorista aposentado Jauri Matoski e pelo funcionário público Marcos René Marques, mais conhecido como ‘Zuza’. Há anos eles ocupam o papel dos reis magos que, segundo a história bíblica, foram guiados por uma estrela para adorar ao Deus Menino, em Belém (Mateus 2: 2-12). Assim como acontece todos os anos, ao chegar em frente às residências, os reis magos e coralistas entoam o ‘Cântico dos Reis’.

O regente do grupo, Manoel Gonçalves, explica que na estrofe "Ô de casa nobre gente, chamais pelos vossos criados, vós mandais abrir as portas, se quiser ser festejado”, os proprietários abrem as portas de sua casa e recebem a Caravana. Em seguida, o coral entoa mais músicas natalinas e religiosas. Na sequência, são feitas orações e agradecimento aos anfitriões. "Um dos requisitos para que as famílias recebam a Caravana é que tenham o presépio montado, já que o grupo ressalta o nascimento de Jesus", explica o coordenador da Caravana, Ronie Cardoso Filho.

Os três reis levam - como os que visitaram Jesus na manjedoura, ouro, incenso e mirra, para presentear o menino. De acordo com Ronie, embora seja difícil precisar quando iniciou a Caravana, jornal castrense de 1896 já noticiava a manifestação na cidade. Arlindo Corrêa assumiu o lugar do seu pai entre os Reis Magos e preservou o costume até 1987, quando delegou a incumbência a Ronie. "No final dos anos 80, nenhuma família mais recepcionava a Caravana, que se apresentava apenas nas igrejas e no Morro do Cristo. Com o passar dos anos e o trabalho realizado, as famílias voltaram a ter interesse em receber a Caravana", afirma.

O coordenador explica que a atividade sofreu algumas mudanças ao longo dos anos. "Quando iniciou, há mais de cem anos, a Caravana acontecia de forma diferente. A cidade era menor, assim para a Caravana dar uma volta na cidade era fácil. Os integrantes da Caravana circulavam a pé pela cidade e somente homens faziam parte do grupo. Apenas nos anos 80 é que foi autorizada a participação de mulheres", expõe. Outra diferença apontada por Ronie é que no início do século XX havia ao menos seis bandas em Castro, assim a Caravana contava com a participação de integrantes destas bandas, que iam tocando clarinetes, tubas, cornetas, entre outros instrumentos, fazendo da passagem da Caravana um verdadeiro desfile pelas ruas de Castro. “Como hoje em dia não temos mais os músicos de bandas nos moldes daquela época, a Caravana é composta por sanfoneiros e violeiros e, com isso, mudaram também a características das músicas entoadas, que são mais recentes”, complementa Ronie.

Como característica de uma tradição, a participação na Caravana passa de pai para filho. Este é o caso do servidor municipal Marcos Renê Marques, o Zuza, que há quase 25 anos vive Baltazar entre os Reis Magos, posto ocupado por cerca de 30 anos por seu pai, Renê Marques. “Levamos a boa nova para o ano que começa, transmitindo a paz para as famílias visitadas e para quem acompanha a Caravana”, cita Zuza.

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