Em assembleia, Polícia Civil decreta estado de greve

Em assembleia conjunta do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol-PR) e do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol-Londrina) na tarde de quarta-feira (20), a categoria aprovou o estado de greve.

Com base na decisão, os policiais civis só farão serviços que fazem parte das próprias atribuições, não atuando mais em desvio de função – segundo a própria categoria. Os profissionais cobram o aumento do efetivo para aliviar a carga horária, principalmente em delegacias e carceragens do interior do estado.

“Em diversas delegacias do interior, policiais civis estão sendo obrigados a trabalhar em situação análoga à de escravos, com 70 a 80 horas semanais, quando em sua atribuição são somente 40 horas”, destacou Alexandrino Bispo Neto, representante da categoria. Segundo informações repassadas pelo Sindicato, o ideal seria um efetivo de oito mil policiais no Paraná para dar conta da carga horária – atualmente são pouco mais de quatro mil.

A categoria planeja uma paralisação geral das atividades, em todo o estado, no dia 1º de agosto.

O delegado da 13ª Subdivisão Policial (SDP) de Ponta Grossa, Josimar da Silva, disse ao Portal aRede que as atividades na delegacia local continuam “fluindo como sempre”, apesar da decisão do sindicato.

Em nota, governo ressalta contratação de novos agentes

A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp)do Paraná esclareceu, em nota, que recebeu o comunicado dos sindicatos e que o assunto será objeto de estudo. A Sesp ainda informou que a partir desta quinta (21) os 1.201 agentes de cadeia contratados pelo Processo de Seleção Simplificado (PSS) iniciam suas atividades dentro das carceragens das delegacias de todo o Estado vigiando os detentos.