PF mira a Queiroz Galvão em nova fase da Lava Jato | aRede
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PF mira a Queiroz Galvão em nova fase da Lava Jato

Nova fase da Lava Jato foi deflagrada na manhã desta terça-feira
Nova fase da Lava Jato foi deflagrada na manhã desta terça-feira -

Operação Resta Um, a 33ª fase da Lava Jato, investiga a participação da construtora Queiroz Galvão no "cartel das empreiteiras".

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (2) a 33ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Resta Um, com objetivo de investigar a participação de uma grande construtora do país no chamado “cartel das empreiteiras”, grupo de empresas que se organizaram com o objetivo de executar obras contratadas pela Petrobras. 

Aproximadamente 150 policiais federais estão cumprindo 32 ordens judiciais, sendo 23 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária e 6 mandados de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais. 

As obras investigadas neste momento englobam contratos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima, Refinaria Vale do Paraíba, Refinaria Landulpho Alves e na Refinaria Duque de Caxias. A Construtora Queiroz Galvão possui o terceiro maior volume de contratos investigados no âmbito da Operação Lava Jato. 

Os executivos da construtora também são investigados pela prática sistemática de pagamentos indevidos a diretores e funcionários da Petrobras, bem como o repasse de valores a agremiações políticas travestidos de doações oficiais através de operadores. As operações realizadas por ordem dos executivos da empresa ocorreram através de transações comandadas por operadores tanto no Brasil como através de pagamentos no exterior em retribuições a obtenção de contratos com a estatal. 

A investigação ainda abrange a descrição de fatos ocorridos com o objetivo de criar embaraços à comissão parlamentar de inquérito que investigava irregularidades junto a Petrobras pelo Senado Federal em 2009. Identificou-se indícios concretos do pagamento indevido de valores por executivos da construtora investigada com o objetivo de dificultar os trabalhos da comissão. 

São apuradas as práticas de crimes de crimes de corrupção, formação de cartel, associação criminosa e lavagem de dinheiro, dentre outros. 

O nome “Resta Um” é uma referência à investigação da última das maiores empresas identificadas como parte integrante da chamada “Regra do Jogo” em que empreiteiras formaram um grande cartel visando burlar as regras de contratação por parte da Petrobras, em claro prejuízo à estatal. 

A menção “Resta Um” remete tão somente ao fato de se tratar da última empresa de grande porte investigada na formação do cartel junto a Petrobras, não remetendo a um possível encerramento das investigações da Operação Lava Jato que busca alcançar ainda diversos outros fatos criminosos e demais empresas e pessoas participantes de negócios ilícitos junto a estatal. 

Nos casos dos investigados para os quais foram expedidos mandados de condução coercitiva, estes estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Como se trata de situações de conduções coercitivas, os investigados serão liberados após serem ouvidos no interesse da apuração em curso. 

Quanto aos investigados com prisão cautelar decretada, tão logo sejam localizados eles serão trazidos à sede da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação. 

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal prestarão maiores esclarecimentos em uma coletiva de imprensa que será realizada no auditório da PF às 10h. 

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