Polícia apresenta suspeito de esquartejar mulher

Crime ocorreu na quarta-feira, no Centro Cívico, em Curitiba.

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apresentou Márcio José dos Santos, 38 anos, acusado de matar e esquartejar uma mulher na quarta-feira (2), no Centro Cívico, em Curitiba. O outro suspeito está identificado, mas segue foragido. O corpo da mulher foi encontrado por volta das 21 horas – as pernas estavam na Av. Cândido de Abreu e o tronco em um córrego na Rua Aristides Teixeira. No entanto, a polícia ainda não sabe dizer quem é a mulher morta. A família não reclamou o corpo no Instituto Médico Legal (IML) e peritos da Polícia Científica e do Instituto de Identificação não conseguem checar nome, filiação ou estado de origem.

Para a imprensa, na manhã desta sexta-feira (4), a delegada Sabrina Alexandrino, da DHPP, falou sobre a importância da identificação da mulher na decorrência das investigações. “É precipitado dizer se ela era moradora de rua, fica muito difícil sem obter a identificação civil da vítima. Ainda que ela vestisse roupa de marca ou não, é precipitado dizer quem seria essa pessoa. Só no decorrer das investigações”, contou. Os próximos passos, segundo ela, são colher mais informações de testemunhas e identificar o local onde o crime ocorreu.

Para a delegada, a mulher foi morta em algum local fechado. “Na rua chamaria muito a atenção, muito provavelmente esse crime aconteceu em outro local. A nossa convicção é de que eles cometeram o crime, até que eles nos provem que outra pessoa, ou terceiros, o que até agora não foi feito. Ele não se justificou, nega o crime, mas não sabe explicar em que circunstância aparece sangue nas mãos dele. O suspeito falou de forma muito vaga que tem um problema dentário e que isso pode ter levado sangue na mãos dele, o que é pouco provável, já que o sangue é abundante nas mãos”, contou.

O suspeito foi apontado no local do crime como o homem que foi visto carregando o corpo da mulher, envolto a panos. A Polícia Militar (PM) o abordou e ele tinha sangue nas mãos, em pouca quantidade. Na delegacia, exame pericial com reagente indicou que ele tinha tido contato abundante com sangue.

“Na extensão das duas mãos, nos dedos, nas unhas havia sangue humano. Serão feitos exames mais apurados pelo Instituto de Criminalística para checar se o sangue é dela, mas já foram pedidas as periciais nesse sentido. Ele foi reconhecido por uma testemunha, havia uma segunda pessoa próxima ao local do crime e, na abordagem da polícia, fugiu. Nós temos o nome e a fotografia desse segundo sujeito, que fugiu do local. Um está preso e o outro está identificado. São eles que aparecem carregando o corpo”, finalizou.

O comparsa Marco Aurélio Barbosa, 33 anos, conhecido como Dalsin ou Bernão, está sendo procurado pela polícia. Santos nega o crime, mas a polícia afirma que está próxima de confirmar a motivação.

Perfil

A delegada disse que ambos têm histórico com o crime. “Essa pessoa que está presa tem histórico, tem antecedentes criminais, ela tem mandados revogados contra ele, um expirado, e já respondeu por tráfico de drogas. O outro identificado tem passagem por roubo e pelas informações que temos também é morador de rua”, disse.

Local

Ainda, é possível que a dupla estivesse sob efeito de drogas ou álcool, já que em momento algum notaram que o local é de bastante movimentação e eles poderiam ser facilmente identificados. “Poderiam estar sob efeito de alguma droga ou álcool porque foi muita falta de cautela, não é um local ermo, é bem público, de grande movimentação e vários edifícios no entorno. Realmente foram muito descuidados”, finalizou a delegada Sabrina.

Informações da BandaB.