Audiência Pública do ECA lota auditório no Paraná
Estatuto da Criança e do Adolescente foi tema de audiência pública no auditório da Uniguaçú, em União da Vitória, no Sul do Estado
Publicado: 08/10/2017, 10:53
Relator da Comissão Especial que analisa as mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente, Aliel Machado (Rede) participou na última sexta-feira, 6, de uma audiência pública sobre o tema no auditório da Uniguaçú, em União da Vitória, no Sul do Estado.
Estiveram presentes acadêmicos, corpo docente da instituição, autoridades do Judiciário e da promotoria pública. Durante quase 3 horas de debate, o parlamentar esclareceu as principais questões relativas ao ECA e destacou o avanço da legislação brasileira com a criação do Estatuto, há 20 anos. Porém, admitiu que mudanças são necessárias para evitar que a redução da maioridade penal volte a ganhar força no Congresso.
“Estamos há meses discutindo o texto do meu relatório em diversas cidades e estados do país. Tem pessoas que não admitem que se mude nada. Outras pregam penas severas aos menores. Não queremos extremos e vamos buscar um consenso que não venha a ferir os direitos das crianças e adolescentes, mas que também atenda a sociedade”, revelou. O parlamentar revelou que conversou com o senador José Serra (PSDB) para que o projeto de redução da maioridade penal não seja votado no Senado enquanto o relatório do ECA estiver em discussão na Câmara.
Aliel foi recebido na instituição pelo coordenador do curso de direito e organizador do evento, Sandro Marceli Perotti, que destacou em sua fala a importância da discussão para a sociedade e para os acadêmicos da instituição. Também esteve presente na audiência pública o Juiz de Direito da Infância e Juventude da Comarca de União da Vitória, Dr. Carlos Eduardo Mattioli Kockanny.
Um dos pontos mais polêmicos do projeto, a ampliação da possibilidade de aumento de internamento do menor por até 10 anos, foi discutido pelos participantes do evento. O deputado esclareceu que o relatório prevê essa possibilidade apenas para os crimes contra a vida e que haverá escalonamento de idade para que isso seja aplicado. “Certamente haverá uma diferenciação para crianças de 12 anos e para adolescentes de 17. Não tem como equiparar os dois casos”, destacou.
Informações da assessoria de imprensa.