Tradicional shopping de Curitiba fecha as portas
Pandemia de coronavírus, aliado à problemas anteriores, fizeram PolloShop encerrar atividades. Lojistas têm 30 dias para entregar suas lojas
Publicado: 20/04/2020, 15:26
Pandemia de coronavírus, aliado à problemas anteriores, fizeram PolloShop encerrar atividades. Lojistas têm 30 dias para entregar suas lojas
Em meio à pandemia de coronavírus, o PolloShop do Alto da XV anunciou nesta segunda-feira (20) o encerramento das atividades comerciais. A administração do shopping enviou um comunicado aos lojistas para que possam se organizar e entregar suas lojas no prazo de 30 dias. Na nota, que viralizou no WhatsApp, os administradores comentam sobre a crise vivida desde 2014 e como o coronavírus deixou o setor ainda mais vulnerável.
“Os administradores do shopping informam que desde 2014 a economia brasileira vem sofrendo uma grande retração no consumo e aliada às mudanças do comportamento do consumidor, que nestes últimos anos promoveu a redução de fluxo nos shopping centers e no varejo em geral, fez com que houvesse um grande realinhamento (para baixo) dos valores de aluguéis no país”, inicia a nota.
Em um segundo momento, os administradores criticam a falta de negociação por parte dos donos do imóvel. “O PolloShop está sobre um imóvel de terceiros que, não só não aceitaram renegociar uma redução no valor na renovação do contrato, como ainda pediram aumento do aluguel do imóvel, obrigando a administração do shopping a entrar com uma ação revisional, que se arrasta na justiça há quase 3 anos”, explica o documento.
Ainda, os administradores comentam sobre como a pandemia da Covid-19 fez o problema ficar ainda maior. “Neste meio tempo, a direção do empreendimento tentou várias vezes buscar entendimento para um acordo, e agora com a crise estabelecida pelo surto da COVID19 com o fechamento dos shoppings e a suspensão dos pagamentos por parte dos lojistas a administração do empreendimento ficou impossibilitada de arcar com o alto valor do aluguel do imóvel. Mais uma vez foi pedida a redução dos valores ou a opção para os proprietários do imóvel assumirem a operação do shopping para preservar o interesse dos lojistas, mesmo com prejuízo dos sócios do empreendimento, mas não houve acordo”, aponta.