Moradores ateiam fogo em abrigo com infectados de Covid | aRede
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Moradores ateiam fogo em abrigo com infectados de Covid

Caso aconteceu na divisa dos estados da Bahia com Piauí. Alojamento tinha 34 trabalhadores contaminados

Galpão foi incendiado
Galpão foi incendiado -

Fernando Rogala

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Caso aconteceu na divisa dos estados da Bahia com Piauí. Alojamento tinha 34 trabalhadores contaminados

Trabalhadores de uma obra da empreiteira Andrade Gutierrez passaram um grande susto na última quinta-feira (28), na cidade de Campo Alegre de Lourdes, divisa da Bahia com Piauí. Testados positivo para o novo Coronavírus, os 34 trabalhadores eram mantidos em um alojamento no canteiro de obras, para que eles ficassem em isolamento, quando foram surpreendidos por moradores do povoado de Angico que atearam fogo nas estruturas. Nenhum trabalhador ficou ferido.

De acordo com a construtora, os moradores chegaram a intimar os trabalhadores com armas, os quais acabaram sendo contidos pela Polícia Militar. Agora, um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para investigar o caso. Ninguém foi preso. Os trabalhos na região foram suspensos pela Andrade Gutierrez por duas semanas.

A testagem em grande escala foi realizada pela empresa junto aos seus colaboradores após um trabalhador ter falecido no último domingo (24), vítima da Covid. Os testes mostraram que 34 colaboradores estavam contaminados pela doença. Como a cidade de menos de 30 mil habitantes não tinha estrutura suficiente para tratar dos contaminados, a empreiteira decidiu montar uma estrutura para manter o isolamento dos colaboradores.

Construtora e Prefeitura se posicionam sobre ocorrido

A Andrade Gutierrez informou que os contaminados continuam em isolamento, em alojamentos da empresa. Por nota, justificou que o isolamento que era realizado não levava ameaças à comunidade. "A construtora e o consórcio ressaltam que o isolamento não coloca em risco a população local, uma vez que as instalações têm amplo espaço e todos os cuidados estão sendo adotados (...) Além disso, a medida de paralisação também foi tomada visando a integridade física dos colaboradores, uma vez que populares usaram de violência nos últimos protestos, inclusive com uso de armas. A Andrade Gutierrez e o consórcio lamentam a postura violenta de populares que em nada contribui para a resolução de um problema de saúde pública e lembram que seus funcionários são um extrato da sociedade, estão exercendo suas profissões e trabalhando pelo país, portanto merecem respeito e acolhimento de todos”.

A prefeitura de Campo Alegre informou, por nota, que houve uma mobilização para a transferência dos infectados. “Após intensa negociação durante todo o dia, entre a Prefeitura e o Consórcio Linhão T-BAPI, ficou acordada a transferência de todos os funcionários que aqui estavam para a cidade de Barreiras [que tem 155 mil habitantes]. No entanto, ao amanhecer do dia de hoje (28) tivemos a informação de que a empresa havia transferido os funcionários da sede do município para o canteiro de obras do povoado de Angico (da estrada do Remanso), causando uma revolta muito grande na população da comunidade”, revelou.

Com informações do UOL e Estadão

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