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Covid-19: relato de enfermeira emociona internautas

Profissional que trabalha na Santa Casa de Curitiba fez desabafo em sua rede social

Tete Lee integra a equipe de enfermagem da Santa Casa
Tete Lee integra a equipe de enfermagem da Santa Casa -

Da Redação

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Profissional que trabalha na Santa Casa de Curitiba fez desabafo em sua rede social

Uma publicação feita em uma rede social de uma enfermeira que atua na linha de frente da covid-19 emocionou milhares de internautas. O post feito neste domingo (28) no perfil do Facebook de uma mulher que se identifica como Tete Lee já teve mais de mil compartilhamentos.

No texto, que também foi compartilhado no perfil do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), a profissional que trabalha na Santa Casa de Curitiba descreve cenas difíceis que presenciou nos últimos dias. Leia na íntegra.

"Paciente internada conosco há alguns dias, sempre simpática e lutando contra o covid. Perdeu o marido semana passada, que também estava internado conosco. Nem pôde se despedir... Ontem o seu quadro piorou, estava muito cansada e ao ser comunicada que seria intubada, pediu ao médico: Não, doutor, por favor! Não faça isso! Eu sei que eu não voltarei.

Nesse momento, agradeci por estar de máscara e face shield. Assim, ninguém pode ver as lágrimas que escorriam.

Tive que sair, andar pelo corredor sem rumo, respirar e voltar.

Penso que uma das piores coisas, deve ser ter consciência que em breve você poderá morrer e não poderá estar mais com quem ama. Como tenho medo disso.

Retornei... O paciente ao lado chorava.

Ela pediu o celular pra ligar pra filha. Ligou no viva voz. Do outro lado, a filha em desespero, orando, pedindo a Deus com toda força pela vida da mãe. Mais uma vez não aguentei... Pode ter sido o último “encontro” dessa mãe com essa filha, sem um abraço, sem o conforto de estar com quem ama.

Demos a mão pra ela, orei em silêncio, pedimos para confiar pq faríamos o melhor.

Mais tarde... o paciente da mesma enfermaria, internado também já alguns dias, agravou. Estávamos ao lado dele, fazendo tudo que podíamos para estabilizar sua pressão.

Ele ainda consciente, perguntou: Posso dormir? Estou com medo de dormir e não acordar.

Respondi: Pode relaxar, estaremos aqui cuidando de você.

Ele disse: eu sei que eu vou morrer essa noite! Realmente, ele sabia.

Aquele que chorou pela paciente ao lado, agora fechou o olho para não ver o da frente. E com certeza estava pedindo a Deus para que não fosse o próximo.

É inexplicável o que estamos vivendo. Jamais seremos os mesmos. Que vírus maldito!” Rotina diária, dos profissionais de saúde na linha de frente. #tudoissovaipassar

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