Negros, pobres e sem estudo correm maior risco ao Covid-19
Essa é a segunda fase do estudo comandado por cientistas da USP e Unifesp
Publicado: 02/07/2020, 10:00
Essa é a segunda fase do estudo comandado por cientistas da USP e Unifesp
A população negra é infectada 2,5 vezes mais pelo coronavírus do que a de brancos, aponta pesquisa realizada na cidade de São Paulo. Amostras de sangue colhidas entre os dias 15 e 24 de junho indicam que 19,7% dos participantes que se identificam como negros possuem anticorpos contra a covid-19, enquanto que nos que se declaram brancos o porcentual é de 7,9%
Essa é a segunda fase do estudo comandado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com apoio do Instituto Semeia e participação de profissionais do Laboratório Fleury e Ibope Inteligência. A pesquisa realizou exames sorológicos em 1.183 pessoas, todos maiores de 18 anos, em 115 regiões diferentes da cidade – em cada região foram sorteados 12 domicílios.
O estudo separou distritos com maior e menor renda, segundo dados do IBGE. E a conclusão é que a epidemia da covid-19 no Município de São Paulo reflete a desigualdade social. A infecção pelo coronavírus diminui em localidades onde a população tem melhor nível educacional. Ela é 4,5 vezes maior nos indivíduos que não completaram o ensino fundamental, por exemplo, quando comparada com os que terminaram o ensino superior: 22,9% e 5,1%, respectivamente.
Informações Bem Paraná e jornal O Estado de S. Paulo