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PR investe milhões em programa sobre erosão urbana

Galerias de águas fluviais melhoram infraestrutura urbana e e reduzem focos de doença, como a dengue

Até o final de 2020, a previsão é que sejam instalados mais de 70 quilômetros de galerias com mais convênios que estão em andamento.
Até o final de 2020, a previsão é que sejam instalados mais de 70 quilômetros de galerias com mais convênios que estão em andamento. -

Agência Estadual de Notícias

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Galerias de águas fluviais melhoram infraestrutura urbana e e reduzem focos de doença, como a dengue

Um programa para combate à erosão urbana beneficia 71 municípios paranaenses. O Governo do Estado investe R$ 10 milhões e mais a contrapartida das prefeituras somam R$ 25 milhões em obras que melhoram infraestrutura dos municípios e garantem mais qualidade de vida para os seus moradores.

O programa estadual para combater a erosão urbana consiste na doação de tubos de concreto para instalação de galerias, construção e ampliação de emissários e bacias de contenção. Além dos ganhos na infraestrutura, o investimento representa avanços em saúde pública por eliminação dos vetores de proliferação da dengue e outras doenças incidentes nas águas paradas em galerias a céu aberto.

O apoio aos municípios acontece por meio de uma parceria entre o Instituto Água e Terra, vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, e prefeituras. O governo estadual fornece os tubos de concreto que variam de 40 centímetros a 2 metros de diâmetro e os municípios executam a obra.

Somente no ano passado, o Instituto Água e Terra (IAT) entregou cerca 40 quilômetros lineares de tubos de concreto. O investimento chegou a R$ 5,2 milhões com 28 convênios formalizados.

Até o final de 2020, a previsão é que sejam instalados mais de 70 quilômetros de galerias com mais convênios que estão em andamento. Nessas localidades, ruas e avenidas foram pavimentadas e os imóveis valorizados, graças a uma obra que não se vê.

“É um dos maiores programas de combate a erosão urbana do País”, diz o secretário do Desenvolvimento Urbano e do Turismo, Márcio Nunes “Estamos investindo na qualidade de vida da população, no resgate da cidadania e alavancando o desenvolvimento no Interior”, salienta.

Ele lembra que os prejuízos causados pela chuva forte que desce arrastando o que encontra pela frente, em cidades sem infraestrutura. Um problema, até então recorrente, que destrói propriedades e a qualidade de vida das famílias atingidas.

Fim dos Transtornos - As galerias embaixo da terra acabaram com antigos alagamentos e vias esburacadas no perímetro urbano. Com a canalização, a água segue para os emissários sanando problemas antigos, também no campo. As bacias de contenção, em terrenos corroídos pela força da água, estão viabilizando o surgimento de parques urbanos em áreas de fundo de vale (Programa do Governo de Estado).

Segundo o presidente do Instituto Água e Terra, Everton Luiz da Costa Souza, a erosão é um dos maiores problemas ambientais enfrentados pelo Estado do Paraná. O Noroeste está entre as regiões mais impactadas, devido às propriedades do solo. Souza ressalta que as ações desenvolvidas para apoiar os municípios são muito importantes. Os desafios de combate a erosão são potencializados pela falta de infraestrutura periurbana.

“A erosão provoca perda do solo nas áreas de cultivo, grandes voçorocas e assoreamento de rios. É um desafio para o governo que está sendo vencido com projetos e materiais destinados a obras de contenção de cheias. Temos que combater isso, associado ao manejo correto de solo, para evitar perda na produtividade na lavoura e contribuir com o meio ambiente”, disse o presidente.

No Noroeste, com combate a erosão surgem novos parques urbanos

Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, as obras iniciadas em 2019 seguem em ritmo acelerado no Estado. Na Região Noroeste, prefeitos estão asfaltando as ruas, ampliando acessos viários e projetando parques.

Perobal é um dos municípios que participa dos dois programas. Está eliminando alagamentos e implantando o Parque das Perobas numa área de fundo de vale, para onde escoava toda a água da chuva. “A fúria da enxurrada alagava casas, prédios públicos e arrancava o asfalto”, disse o prefeito Almir de Almeida.

Foram instalados cerca de 400 tubos para reforçar a galeria de água pluvial existente e construído um novo emissário. “Com o parque, vamos realizar o sonho da população. E as galerias vão resolver os problemas causados pelas enchentes. O governo estadual olhou para os pequenos municípios”, ressaltou Almeida. 

Terra Rica é outro município da região onde os tubos para escoamento das águas pluviais estão possibilitando a ampliação dos equipamentos públicos e a construção do Parque Urbano. Em locais carentes de galerias, a água que invadia casas, creches e o prédio da Apae, desembocava numa área de fundo de vale.

“Foram quase 60 anos de descaso. Com esse convênio estamos resgatando a dignidade dos moradores que, em breve não terão mais suas casas e ruas invadidas pela enxurrada. E ainda iremos construir o parque da cidade”, afirma o prefeito Júlio Cesar Leite, que comemora o fim do período de transtornos para a população.

Galerias transformam paisagens urbanas

Sem buracos no asfalto ou ruas estreitas de chão batido, a paisagem urbana vai se transformando e agregando valor no Interior do Paraná. A população ganha conforto e saúde com mais serviços públicos disponíveis.   

A parceria entre o Estado e o município de Santa Cruz de Monte Castelo evitou um desastre ambiental de grandes proporções.  Uma voçoroca tomou conta do principal emissário da cidade e provocou uma depressão com onze metros de profundidade. Além da iminência de um desastre que colocaria mais de 100 famílias em risco, valores investidos em asfalto seriam levados pela água da chuva, sem a execução das obras.

A obra tem um custo elevado e a Prefeitura não tinha recursos para arcar sozinha. Estão sendo usados quase 300 tubos e ampliando o canal fechado. Com as obras, o prefeito Francisco Antônio Boni está levando o asfalto para ruas e avenidas. “Se não viesse o socorro do Estado a erosão teria chegado ao centro da cidade”, disse o prefeito.

Tuneiras do Oeste também foi socorrida pelo programa com quase cinco mil tubos doados pelo Instituto Água e Terra. Com a abertura das valas e assentamento dos tubos, o prefeito Taketoshi Sakuraba eliminou o alagamento na cidade, em especial, do terreno onde está sendo construída uma escola para mais de 500 alunos das redes municipal e estadual.

 “Uma obra de custo elevado que só foi possível com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo”, disse o prefeito. “Estamos abrindo novas avenidas e finalizando a obra da escola que fica num terreno onde desaguava toda a água da chuva”.

Em Pérola, a cidade cresceu e não tinha um sistema de galeria eficiente. Foram instalados mais de dois quilômetros de tubos em uma avenida – obra em execução - que dá acesso ao Distrito de Pindorama e ao Município de Altônia.

Darley Scalco, prefeito da cidade, falou sobre o papel fundamental do Estado, desempenhado pelo Governado Ratinho Junior. “Quando o Governo de Estado é presente, as coisas acontecem”, disse. “É um trabalho do secretário Márcio Nunes que está transformando Pérola”.

Com loteamentos antigos iniciados sem a infraestrutura necessária, a prefeita Maria Helena Rodrigues, de Cruzeiro do Oeste, precisou de cerca de quase 4 mil metros de galerias. O Jardim das Flores é um desses loteamentos que começou de forma inversa, com a construção das casas sem a infraestrutura necessária.

De acordo com a chefe do Executivo, em decorrência das enchentes, as edificações apresentavam rachaduras e as pessoas não conseguiam sair de casa em dia de chuva. “Para resolver o problema de drenagem, precisávamos da parceria do Governo do Estado. Isso veio com a ajuda do secretário Márcio Nunes”, acrescenta.

Ausência de infraestrutura impacta na saúde pública

A falta de estrutura nas cidades limita a geração de emprego e renda e permite a proliferação de doenças. No campo, causa assoreamento de rios e perda de terreno onde há atividades agrícolas, interferindo na economia.

O diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos, José Luiz Scroccaro, reforça que as galerias de águas pluviais eliminam, também, os focos de transmissão da dengue, o mau cheiro das valas a céu aberto e melhora a paisagem urbana. “O objetivo é melhorar a infraestrutura urbana e, assim, garantir mais qualidade de vida à população”, conclui Scroccaro.

O chefe do Escritório Regional do IAT em Cruzeiro do Oeste, Leonildo Machado, atende 39 municípios na Região Noroeste e auxilia na operacionalização dos convênios. “O programa está promovendo grandes transformações nessas cidades. A gente presencia isso no dia a dia do paranaense e procura apoiar os prefeitos, dando suporte técnico necessário”, disse Machado.

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