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Venda de tampinhas custeia fraldas

Comunidade Servos dos Pobres ajuda pessoas carentes

Os voluntários calcularam cerca de oito toneladas de tampinhas plásticas e de lacres de metal.
Os voluntários calcularam cerca de oito toneladas de tampinhas plásticas e de lacres de metal. -

Da Redação

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Comunidade Servos dos Pobres ajuda pessoas carentes

O simples gesto de guardar tampinhas de plástico e lacres de metal pode ajudar muitas pessoas. É arrecadando tampinhas que a Comunidade Servos dos Pobres consegue recursos para fabricar fraldas geriátricas para pessoas carentes não só de Ponta Grossa, mas também de Ipiranga, Guamiranga e de Reserva. Nesta terça-feira, representantes da Comunidade levaram até uma empresa de reciclagem cerca de oito toneladas do material, que foi vendido a R$ 0,90, R$ 1,10 e R$ 1,50 o quilo, dependendo da cor do lacre. O dinheiro obtido custeará os materiais para a produção das fraldas. 

     A Campanha Tampinha do Bem existe há dez meses. São diversos os pontos de coleta - farmácia, supermercados, lojas, igrejas, escolas, centros de educação infantil – e também famílias que se dispõem a guardar as tampas. O transporte até a Comunidade é feito por voluntários, que são avisados pelo WhatsApp 98401-4081. “Nós, então, as separamos: a preta da branca e das coloridas. Isso melhora o valor de venda”, explica Paulo Bueno de Camargo, que acompanhou o transporte e a venda desta primeira leva de tampinhas. A arrecadação, segundo ele, começou em setembro de 2019 e envolve também lacres de metal, que são recebidos em litros de garrafas pet.

De acordo com Camargo, a intenção da campanha é ajudar nas despesas com a compra de material para a fabricação de fraldas descartáveis geriátricas, que há três anos e meio são doadas pela Comunidade Servos dos Pobres. “Nós temos a máquina para fabricar, só precisamos dos materiais. Até ano passado, tudo era comprado com as doações que recebemos. Então, pensamos em desenvolver essa ação, também ecológica, para complementar o dinheiro”, detalha o voluntário. Atualmente, são produzidas mensalmente 3.200 fraldas e entregues para 68 pessoas, acrescenta.

Paulo Camargo participa na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no Núcleo Santa Paula, onde morou por 27 anos. É no Núcleo também que está a sede da Comunidade. “Sinto como se fosse uma continuação de vida. É uma herança deixada por meu pai, Alípio Bueno de Camargo, falecido há 11 anos. Ele fazia esse trabalho de ajudar os pobres. Fico muito feliz. Falam tanto de natureza, mas olham somente para as árvores, mas tem de ver que, se tirar as tampinhas do solo, teremos água pura, árvores nos dando um ar mais puro...E também é uma forma de chegar na casa dos irmãos, que tem o rosto de Cristo. Ter o coração batendo mais forte, mais alegre”, resume.

O Premium Vila Velha Hotel é um dos pontos onde é feita a coleta das tampinhas. A gerente Alecsandra Hypolito conta que conheceu Paulo Camargo, ano passado, quando viu postagem sobre a campanha nas redes sociais e entrou em contato. “Guardamos tampas de garrafas de água, de garrafas pet, tampas de requeijão, de pasta de dente, em galões de agua de 20 litros. O legal é que conseguimos fazer com que todos juntassem as tampinhas. Em casa, nossos colaboradores também começaram a guardar e a trazer. Quando ele vem buscar, além dos galões ainda leva mais três sacos de 20 litros cheios. É uma satisfação ouvir ele contar sobre o projeto e de como será usado o dinheiro. Isso não tem preço”, enfatiza a gerente.

Os pontos de coleta das tampinhas estão espalhados por toda a cidade. A listagem completa pode ser conferida Facebook da Comunidade Servos dos Pobres.

Comunidade

A Comunidade Servos dos Pobres existe há 20 anos, mas foi formalizada em 2016. Tem por missão a oração e a caridade. A sede fica na rua José Kalinoski, 296, no Núcleo Santa Paula. Reúne cerca de 50 voluntários. Há grupos que cortam as fraldas geriátricas na terça, quarta e quinta-feiras, das 19h45 às 21 horas. Além disso, a Comunidade faz a doação e empréstimo de cadeiras de roda e de banho, camas hospitalares, colchões, muletas e bengalas, repassa cestas básicas, ajuda com o pagamento de contas de luz, água e com a compra de medicamentos. Perto de 100 famílias são atendidas.

“Nossa missão é cumprir e divulgar a Palavra do Evangelho, amenizar o sofrimento de pessoas em estado de extrema pobreza, missão que se completa com o oferecimento de conforto e atendimento das necessidades mais urgentes das famílias”, cita Paulo Camargo. A demanda é observada nas visitas realizadas pelos voluntários, contato fortalecido com a reza do Santo Terço, que acontece há 21 anos, todas as segundas-feiras, às 20 horas. “Com essa caminhada, fomos conhecendo as pessoas e Deus deu a graça de saber do que precisavam”, cita, lembrando que, com a pandemia, o Terço passou a ser rezado em família.

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