Cotidiano
22 de fevereiro de 2021 17:03
Da Redação
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Ex-diretor geral da Assembleia Legislativa do Paraná foi
denunciado pelo MPPR por organização criminosa e lavagem de dinheiro
O ex-diretor da
Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) denunciado pelo Ministério Público do
Paraná em 2015, no âmbito da Operação Argonautas, do Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), teve sua condenação mantida pelo
Tribunal de Justiça do Paraná.
Os desembargadores
da 2ª Câmara Criminal do TJPR julgaram apelação do réu e reforçaram, por
unanimidade, que ele é culpado pelos crimes de organização criminosa e lavagem
de dinheiro, devendo cumprir pena de 251 anos, 6 meses e 21 dias de reclusão,
além do pagamento de 1.250 dias-multa (o equivalente a R$ 1,5 milhão).
Conforme sustenta o
MPPR na denúncia, o ex-diretor foi responsável por um esquema de contratação de
servidores ‘fantasmas’ que levou ao desvio de mais de R$ 216 milhões de
recursos públicos da Alep entre 1997 e 2010. O dinheiro desviado era ‘lavado’ com
a compra de imóveis urbanos e rurais colocados em nome do ex-diretor e de seus
familiares.
Na inicial, são
relacionados 60 imóveis utilizados no esquema, localizados em sete estados:
Paraná, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Santa Catarina e
São Paulo. O mesmo processo também levou à condenação de outros sete
denunciados – entre eles, um irmão, a esposa e três filhos do ex-diretor da
Alep. Todos também apresentaram recursos no TJPR, mas tiveram os pedidos
negados.
Perda de bens e indenização
Foi decretada ainda
pelo Judiciário a perda dos imóveis indicados no processo, bem como imposto ao
ex-diretor e aos demais réus o pagamento de R$ 216.842.372,53 “para reparação
dos danos causados ao erário, tendo por base os relatórios e elementos
documentais já amplamente mencionados”, valor a ser dividido solidariamente por
todos os requeridos.
A Operação Argonautas foi realizada em novembro de 2014 e culminou com a prisão do ex-diretor no aeroporto de Brasília no momento em que ele recebia cerca de R$ 70 mil, em dinheiro vivo, do administrador de uma de suas propriedades em Goiás. Atualmente, ele está em prisão domiciliar em Curitiba.
Informações
Ministério Público do Paraná.