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Vídeo revela possível ‘gabinete paralelo’ de Bolsonaro

Grupo seria liderado pelo médico Osmar Terra; na ocasião, o presidente Bolsonaro também fala sobre o uso da hidroxicloroquina contra a covid-19.

VÍDEO
| Autor:

Rodolpho Bowens

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Grupo seria liderado pelo médico Osmar Terra; na ocasião, o presidente Bolsonaro também fala sobre o uso da hidroxicloroquina contra a covid-19

Um vídeo divulgado na tarde desta sexta-feira (4), pelo jornal ‘Metrópoles’, revela o possível ‘gabinete paralelo’ que aconselha o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (partido), no enfrentamento da pandemia da covid-19. No material, há trechos que mostram ressalvas à aplicação de vacinas contra o coronavírus. Estão nessa reunião o representante do Executivo, o médico Osmar Terra, que seria o suposto ‘líder do gabinete’, a imunologista Nise Yamaguchi, o virologista Paolo Zanoto e outros médicos de diversas especialidades, todos sem utilizar máscara.

Além dos nomes citados acima, Arthur Weintraub seria quem intermediava os contatos entre o grupo e o Palácio do Planalto. No vídeo divulgado pelo ‘Metrópoles’, a reunião é de setembro de 2020 e mostra trechos da conversa. No início, é possível ver Bolsonaro batendo continência para Paolo, o qual diz em seguida: “No contexto da vacina, a gente tem que tomar um extremo cuidado. O Brasil tem uma diversidade genética assombrosa, que faz a população brasileira, provavelmente, uma das grandes mecas no desenvolvimento de vacinas. A gente tem que tomar um cuidado enorme com isso”, explica.

O virologista continua: “Com todo o respeito, eu acho que a gente tem que ter vacina, ou talvez não, porque o grande problema do coronavírus é que eles têm, intrinsicamente, problemas no desenvolvimento vacinal. A gente não tem condições, nesse momento, de dizer que a gente tem qualquer vacina, que poderia estar realisticamente no que eles chamam de fase três. Isso é muito sério”, comenta Paolo.

Na sequência do vídeo, o virologista sugere ao presidente Bolsonaro que se crie um “shadow cabinet” – o que seria o ‘gabinete paralelo’ -, onde “esses indivíduos não precisam ser expostos, digamos assim, à popularidade”, finaliza. Antes disso, Paolo diz que não é especialista em vacinas e, por isso, não participaria do grupo.

O presidente Jair também fala, no vídeo, que a vacina, “mesmo tendo aprovação científica lá fora, têm umas etapas para serem cumpridas aqui. A gente não pode injetar qualquer coisa nas pessoas e muito menos obrigar”, ressalta o líder do Executivo. Bolsonaro também fala sobre o medicamento hidroxicloroquina. “A gente viu um depoimento de um amigo nosso. Também falou exatamente isso: ‘Não tem problema nenhum’. Foi potencializado, exatamente para o pessoal fugir. Talvez por ser um remédio muito barato”, sugere.

Repercussão

Após a divulgação do vídeo pelo ‘Metrópoles’, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD), disse que o grupo “é responsável pelas vidas de muitas pessoas que foram perdidas para a covid-19. O gabinete paralelo ditava a tua saúde, a minha saúde, quem ia morrer e quem ia viver”, relata.

Por conta disso, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede) indicou que convocará o médico Osmar Terra, bem como o virologista Paolo Zanoto, para deporem na Comissão. Além disso, o grupo avalia se dispensa o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de nova oitiva.

Em depoimentos para a CPI, os depoentes têm negado que haja um grupo paralelo que oriente o presidente Jair Messias Bolsonaro.

Com informações: Metrópoles.

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