Sexo em banheiro de presídio complica diretor e vice
A medida foi tomada após constatação de que ao menos 12 presos tiveram visitas íntimas na unidade
Publicado: 12/01/2022, 11:13
A medida foi tomada após constatação de que ao menos 12 presos tiveram visitas íntimas na unidade
A Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio determinou o afastamento do diretor e do subdiretor a penitenciária Jonas Lopes de Carvalho, conhecido como Bangu 4, no Complexo de Gericinó, nessa segunda-feira. A medida foi tomada após constatação de que ao menos 12 presos tiveram visitas íntimas na unidade no último dia 23 de dezembro, mesmo sem terem direito ao benefício. A vara ainda constatou que os detentos que estavam em visita no pátio do presídio usaram os banheiros do local para terem relações sexuais, o que é proibido.
Nove dos 12 presos que tiveram visita íntima indevidamente foram identificados. Todos são de altíssima periculosidade, considerados chefes ou ex- chefes de uma das facções criminosas do Rio, entre eles Luiz Augusto RIbeiro Campos, o Tribolado da Cidade Alta, Marco Santos das Dores, o Menor P, Thiago de Souza Cheru, conhecido como Dorei e Luiz Alberto Santos de Moura, o Bob do Caju. Esse último sequer tinha visitante cadastrado para o dia, por isso não poderia nem ´ter saído de sua cela.
Além do diretor e do subdiretor, o juiz Bruno Rulière, da VEP, ainda determinou que os policiais penais que estavam de plantão no dia 23 de dezembro sejam realocados em outras unidades prisionais. Imagens do circuito interno da penitenciária foram apreendidas pela vara na última sexta-feira. As gravações foram analisadas e foi constatado, segundo o magistrado, a total falta de controle da unidade prisional naquele dia.
"A dinâmica dos fatos ora noticiados revela que as irregularidades não são obra de exclusiva ação do preso caracterizadora de falta grave e/ou de eventual e episódica negligência de servidores da unidade. A hipótese indica atos gravíssimos e, possivelmente, criminosos de servidores da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, que permitiram (por circunstâncias ainda não sabidas) que presos usufruíssem de regalias indevidas", escreveu Rulière na decisão.
Procurada, a Seap ainda não se posicionou sobre o caso. A denúncia recebida pela VEP aponta que os presos pagaram R$ 3 mil a policiais penais para terem visitas íntimas, o que também será apurado.
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