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Falso major que seduzia e torrava dinheiro de mulheres é preso

Golpista dizia para as vítimas que, além de oficial da Força Aérea, também trabalhava como chefe da segurança da Presidência da República

Marcelo Bechtel é preso acusado de  por um grupo de mulheres em dois estados
Marcelo Bechtel é preso acusado de por um grupo de mulheres em dois estados -

Da Redação

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Equipes da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) da Polícia Civil de Goiás (PCGO) prenderam preventivamente um falso major aviador da Força Aérea Brasileira (FAB) por crimes de extorsão e estelionato amoroso.

Marcelo Bechtel é acusado por um grupo de mulheres em dois estados, além do DF, de aplicar golpes financeiros após manter relacionamentos amorosos com as vítimas. Ele foi detido nesta segunda-feira (24/10) quando estava em Brasília e foi levado para Aparecida de Goiânia, onde será ouvido.

Em apenas um dos casos, o homem, que se apresentava falsamente como oficial da Aeronáutica aposentado e piloto comercial, extorquiu R$ 200 mil de uma advogada após chantageá-la. A coluna conversou com a vítima, que aceitou contar os detalhes mediante anonimato.

De acordo com a mulher, ela conheceu o suposto aviador por meio de uma amiga. “Isso ocorreu durante a pandemia. Uma amiga o conheceu por um aplicativo de namoro e me apresentou. No entanto, não houve relação amorosa, mas sim uma amizade, que depois virou pesadelo.”

A advogada relatou ter saído duas vezes com o falso major para um café e, depois, para uma pizzaria. “Acabamos ficando amigos, e ele sempre fazia questão de dizer que havia se aposentado da FAB e trabalhava como piloto para um empresário. Além disso, frisava muito que conhecia todos no governo federal, principalmente o presidente da República à época, Jair Bolsonaro, do qual o chamava de ‘PR'”, disse a advogada.

Chantagem

Acreditando ter se tornado amiga do golpista, a vítima confidenciou algumas informações que implicavam uma terceira pessoa em seu ambiente de trabalho. “Com esses dados, ele passou a me chantagear afirmando que destruiria a vida da pessoa caso eu não financiasse um carro de R$ 200 mil para ele. Acabei cedendo após ele falar que pagaria as parcelas do veículo”, afirmou a mulher.

O estelionatário simulava o pagamento das mensalidades forjando comprovantes bancários para que a advogada não percebesse o golpe. Depois de meses, o banco começou a cobrar, e a Justiça expediu mandado para que o veículo fosse apreendido. “Ele fez tudo para evitar a ação, dando endereços errados para que o carro jamais fosse encontrado”, explicou.

No fim das contas, a advogada quitou o veículo e conseguiu recuperá-lo, mas o Toyota Corolla já estava com mais de 200 mil quilômetros rodados e com dezenas de multas, todas contabilizadas na carteira de habilitação da advogada. “Como o carro estava no meu nome, ainda tenho que lidar com prejuízos causados por esse golpista com as multas. Ele usava o carro para viajar com namoradas, que também foram enganadas e sofreram prejuízos”, disse.

Benefício aéreo

Uma das namoradas que acreditava se relacionar com um piloto de aviões era médica e perdeu pelo menos R$ 18 mil. O golpista falava para a então companheira que tinha direito a um suposto “benefício aéreo” por ter sido major aviador da FAB.

O estelionatário garantia que, mediante o pagamento de valores entre R$ 6 mil e R$ 8 mil, teria o direito de escolher passagens aéreas para qualquer destino do planeta, em qualquer época do ano.

A então namorada se interessou e pagou o tal benefício para ela e dois filhos. Obviamente, as passagens nunca foram emitidas, e a mulher amargou o prejuízo. Ocorrências policiais também foram registradas na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) em Goiânia e em Montes Claros, no interior de Minas Gerais. Uma das vítimas é professora, que também se relacionou com o Don Juan e acabou emprestando dinheiro ao suspeito.

Sempre depois de explorar financeiramente as mulheres, o homem desaparecia ou terminava o relacionamento sem dar muitas explicações. Em alguns casos, as mulheres descobriram as seguidas mentiras contadas pelo golpista.

Um grupo no WhatsApp foi criado para que as mulheres vítimas de Marcelo se unissem e trocassem experiência a fim de passar mais informações à polícia.

Com informações: Metrópoles

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