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PMs da Rota são suspeitos de forjar confronto para matar

Quatro PMs da Rota respondem por homicídio doloso; ação, que acabou com dois mortos e um gravemente ferido, aconteceu em janeiro de 2023

Quatro policiais militares da Rota são indiciados por forjar confronto para matar
Quatro policiais militares da Rota são indiciados por forjar confronto para matar -

Da Redação

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A Polícia Civil indiciou por homicídio doloso quatro policiais militares (PMs) da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) envolvidos em uma ocorrência que terminou com dois mortos e um ferido na Rua da Consolação, no centro da capital paulista, registrada em janeiro de 2023.

Na representação contra os PMs, obtida pelo Metrópoles, o delegado Bruno Cogan afirma que os policiais agiram “para matar” e que há “elementos suficientes” para afirmar que os policiais da Rota plantaram um revólver calibre 38 no suspeito “para justificar o uso da força letal”.

Ainda segundo o delegado, a viatura da Rota emparelhou com o carro dos suspeitos e os policiais atiraram “de dentro para fora da viatura” – dinâmica incomum em confrontos policiais. A investigação aponta, ainda, que os suspeitos estavam desarmados.

“O fato de terem, aparentemente, plantado arma de fogo é prova forte. (…) Nem mesmo o fato de estarem as vítimas possivelmente em atos de possível roubo justificaria a ação da maneira que ocorreu”, escreveu o delegado.

“Fato é que não há indícios de que os policiais da Rota envolvidos no confronto tenham usado moderadamente dos meios necessários para repelir injusta agressão iminente”, registrou. “Ação essa dirigida para matar possíveis (ou futuros) criminosos”.

Indiciados

Foram indiciados o soldado Juliano Contessotti Paulino, o cabo Carlos Eduardo Santino e os sargentos Guilherme Takenaka e Vinicius Sena Santose. Os policiais efetuaram 28 tiros, ao todo, com pistola .40 e fuzis 762 e 556.

Os PMs são acusados de matar Gabriel Barbosa da Silva e Fabiano Alexandre Melo, ambos de 25 anos. Outro homem também foi baleado, mas sobreviveu.

Em depoimento, ele relatou que Gabriel e Fabiano “estavam com as mãos para o alto e desarmados, porém os militares começaram a atirar”. Também declarou que “se fingiu de morto” e viu o PM se debruçar sobre ele e plantar uma arma.

Já os PMs alegaram que as vítimas teriam feito “menção de efetuar disparo de arma de fogo” e relataram não ter constatado nenhuma atitude irregular da tropa.

Caso

A ação aconteceu na madrugada de 12 de janeiro. Na ocasião, os PMs da Rota teriam recebido denúncia anônima de que uma quadrilha iria roubar uma residência em Cotia, na Grande São Paulo, e iniciaram diligências para interceptar dois carros.

Um deles, um Mercedes-Benz, foi encontrado na Raposo Tavares. Sem oferecer resistência ou portar “nada de ilícito”, os três ocupantes foram abordados e liberados depois.

Já o outro veículo, um Honda Fit, foi interceptado na Rua da Consolação, também com três homens.

Com informações: Metrópoles

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