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Aluno que atacou escola em SP foi instruído em app de conversas

Autor do ataque chegou a compartilhar fotos da escola onde estudava, horas antes do atentado, para pegar dicas de como executar o crime

Nas mensagens, trocadas horas antes do ataque, o adolescente de 16 anos fala sobre os preparativos para o crime
Nas mensagens, trocadas horas antes do ataque, o adolescente de 16 anos fala sobre os preparativos para o crime -

Da Redação

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Prints de mensagens obtidos pelo portal Metrópoles mostram que o autor do ataque a tiros que matou uma aluna na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na última segunda-feira (23), foi incentivado e instruído a cometer o atentado por integrantes de um grupo do qual fazia parte no Discord, plataforma de conversas em texto, voz e vídeo popular entre os jovens.

Nas mensagens, trocadas horas antes do ataque, o adolescente de 16 anos fala sobre os preparativos para o que chama de “missão” e discute qual seria a melhor maneira de posicionar o celular para filmar e transmitir o atentado pelo servidor. Após o crime, os integrantes do grupo lamentam o saldo de vítimas. “Uma morte cara, q cara merda [sic]”, reclama um dos administradores do grupo.

As conversas estão em posse da Polícia Civil de São Paulo e do Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça, que investigam como integrantes do grupo no Discord estimularam o adolescente a realizar o ataque que deixou outras duas alunas feridas à bala. O atirador usou um revólver calibre 38 do pai. Ele foi apreendido em seguida e disse à polícia que agiu sozinho, dando versões conflitantes sobre a motivação do atentado.

As mensagens mostram, contudo, que o autor do ataque compartilhou fotos da escola onde estudava em Sapopemba no grupo do Discord, antes do atentado, para pegar dicas de como executar o crime. Há imagens da sala de aula onde ele entrou armado por volta das 7h30 da segunda-feira e das escadas onde ele matou a estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, com um tiro na nuca, à queima-roupa.

Depois que o ataque ganhou o noticiário, integrantes do grupo demonstraram preocupação em serem descobertos pela polícia. “Eu vou formatar meu celular, desativar minha conta do Discord, sair desse serve e dos outros 10 [sic]”, escreveu um deles, às 9h16. “Eu vou até desativar minha localização”, digitou outro integrante, logo em seguida.

“Mas alguém daqui empurrou o cara p fazer? Pq aí sim vai dar merda [sic]”, questionou um terceiro membro do grupo no Discord. “Tava geral kkkkkk”, respondeu outro participante.

O Metrópoles decidiu não divulgar o nome do grupo no Discord do qual o adolescente fazia parte, nem os apelidos usados pelos integrantes, porque, como mostram as próprias mensagens, o objetivo deles é, justamente, obter fama e prestígio no submundo da internet por meio dos atos de violência que praticam ou estimulam dentro e fora da plataforma.

Em maio deste ano, o Metrópoles mostrou que, por meio do mesmo Discord, jovens promovem sessões de tortura virtual com meninas, obrigando-as a se masturbarem ou se automutilarem diante da câmera, em transmissões ao vivo nos grupos fechados, a enviarem fotos nuas e a mutilarem animais de estimação ou incendiarem mobílias. Tudo sob forte ameaça.

Confira a matéria completa no portal Metrópoles

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