Justiça do PR recebe primeira denúncia de 'Deep Fake' eleitoral | aRede
PUBLICIDADE

Justiça do PR recebe primeira denúncia de 'Deep Fake' eleitoral

Áudio falso com a voz do pré-candidato foi divulgado nas redes sociais

Está é a primeira vez que uma denúncia do tipo é feita no PR.
Está é a primeira vez que uma denúncia do tipo é feita no PR. -

Publicado por Heryvelton Martins

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

O cenário eleitoral brasileiro enfrenta uma ameaça inédita com a disseminação de fake news suspeitas de manipulação por Inteligência Artificial (IA). Um marco nesse combate ocorreu no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), onde foi decidido que a Meta, dona do WhatsApp, deveria bloquear o compartilhamento de um áudio denunciado por um pré-candidato de Maringá. Este é o primeiro caso relevante de “deep fake” com repercussão judicial na pré-campanha deste ano.

O juiz Nicola Frascati Junior determinou que a Meta identifique os IPs dos dispositivos que disseminaram o áudio em 24 horas, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada hora de descumprimento. Essa ação exemplar mostra a urgência e a seriedade com que a Justiça Eleitoral está abordando essa questão, reconhecendo a ameaça que deep fakes representam para a integridade das eleições.

Como operadores da comunicação e do marketing político, temos lutado incansavelmente para o Parlamento brasileiro acordar para a gravidade desse tema, pois deep fakes são apenas a ponta do iceberg. O mais grave da IA é sua capacidade preditiva de analisar e prever o comportamento humano. Este é um alerta para a necessidade imperativa do desenvolvimento de uma legislação mínima capaz de proteger os pilares da democracia brasileira.

Silvio Barros, ao apresentar uma notícia-crime à Polícia Federal para investigar a disseminação do conteúdo, ressaltou a frequência com que os deep fakes podem se tornar uma estratégia recorrente no cenário político brasileiro, indicando a necessidade urgente de combatê-los. Ele expressou surpresa e satisfação com a rapidez da atuação da Justiça Eleitoral, sinalizando a expectativa de interromper prontamente o compartilhamento desse tipo de conteúdo.

O caso de Maringá destaca-se, mas não está isolado. Casos semelhantes já são investigados em outros estados, como Amazonas, Rio Grande do Sul e Sergipe, revelando a abrangência desse problema emergente. O prefeito David Almeida, em Manaus, denunciou à Polícia Federal ter sido alvo de deep fake, onde a voz do político, emulada por Inteligência Artificial, proferiu ofensas aos professores da rede municipal de ensino.

O Tribunal Superior Eleitoral, atento a essa crescente ameaça, iniciou debates e audiências públicas para discutir a edição de normas que contenham os efeitos nocivos da inteligência artificial nas eleições. Enquanto a Justiça Eleitoral toma medidas emergenciais, é crucial que o Legislativo também se antecipe a essas ameaças, regulamentando o uso da inteligência artificial no cenário político antes das eleições municipais.

Com informações de assessoria de imprensa.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE