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Civismo enquanto respeito ao cidadão

Coluna 'Trilha da Fé: Civismo enquanto respeito ao cidadão

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Da Redação

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Coluna 'Trilha da Fé: Civismo enquanto respeito ao cidadão

Igreja vivencia no dia-a-dia o sentido de cidadania

Ponta Grossa e civismo. Desde muito cedo, os ponta-grossenses aprendem que essa ligação é intrínseca. A cidade detém o título de ‘Capital Cívica do Paraná’ por ter sido aqui que, em 1930, Getúlio Vargas recebeu a notícia de que deveria seguir para o Rio de Janeiro e tomar posse como presidente do Brasil. Vagas estava de passagem por Ponta Grossa, enquanto acompanhava o desenrolar da revolução que marcava o fim da República Velha e findava com o predomínio das oligarquias no cenário político brasileiro. A partir de então, o município ostenta essa designação que traspassa as manifestações de amor a seus símbolos, seja seu hino ou sua bandeira, e se verifica, especialmente, no respeitar o direito do outro. Valor atrelado ao significado etimológico da palavra ‘civismo’: cidadão.

E respaldada por tal significação, a de respeitar os direitos dos outros e cuidar dos espaços públicos e do meio ambiente, é que caminha a Igreja na Diocese. Em sua mensagem pelos 198 anos de Ponta Grossa, o bispo Dom Sergio Arthur Braschi lembrava que a caridade é o modo mais bonito de celebrar a festa da cidade. A solidariedade, o cuidado, a generosidade para com o irmão, sobretudo nesse tempo de pandemia, são os verdadeiros exemplos de seguimento de Jesus e de seus ensinamentos, destacava o bispo. Vivendo uma caridade imaginativa, como descreveu São João Paulo II, a Igreja tem encontrado formas de ajudar, tem se reinventado e ido ao encontro dos marginalizados, dos excluídos, dos que não têm chance de exercer sua cidadania. Cidadania que originou o termo ‘civismo’ enquanto “conjunto de direitos atribuídos ao cidadão”1

Símbolo máximo do civismo paranaense, a Ordem Estadual do Pinheiro foi concedida a maior autoridade da Diocese, Dom Sergio, em dezembro de 2016. A mais alta honraria do Estado foi entregue ao bispo pelo, então, governador Beto Richa. A condecoração marcou as comemorações dos 163 anos de emancipação política do Paraná e premiou outras 36 personalidades das áreas da ciência, educação, artes, religião, política, economia, administração pública e profissionais de diversos setores, que se destacaram em suas profissões e atuação pública, contribuindo para o desenvolvimento do Estado. A comenda, criada em 1972, é um símbolo do reconhecimento ao trabalho dos homenageados.

 A Ordem do Pinheiro é atribuída em cinco graus: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro. Para a escolha dos homenageados, organizações da sociedade civil fazem as indicações de pessoas, que passam pelo crivo de uma comissão do Governo do Estado. O governador Beto Richa disse que se sentia orgulhoso de condecorar dom Sergio dentre tantas personalidades. “Pelo seu trabalho, pela missão religiosa, de evangelização, pelas suas obras sociais, a Comunidade Samaritana. Eu que tive o prazer de conhecê-lo e parte de sua obra. Nestes 163 anos de emancipação política do Estado os paranaenses prestam essa justa e merecida homenagem a dom Sergio e a cidade de Ponta Grossa e aos Campos Gerais”, justificou o governador.

Dom Sergio considerou muito importante o poder público reconhecer a presença e ação transformadora que a Igreja tem junto as populações do interior do Paraná. “A nossa Diocese, que completou 90 anos e se estendia até o Oeste, Sudoeste, Extremo Oeste, Sul do Estado, na sua origem, e, hoje, tem os segundo maior território dentre as dioceses do Paraná. Estou muito feliz que o governo reconheça que a Igreja está presente, está mudando a situação das pessoas, procurando levar o Evangelho, a transformação da condição da população. Agradeço em nome da Igreja”, ressaltou, à época, o bispo de Ponta Grossa.

*Fontes

1 Teoria Geral do Estado, Dalmo Dallari. São Paulo, Editora Saraiva:1998. 

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