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As igrejas dentro da Igreja Católica

Coluna 'Na Trilha da Fé': As igrejas dentro da Igreja Católica

Coluna 'Na Trilha da Fé': As igrejas dentro da Igreja Católica
Coluna 'Na Trilha da Fé': As igrejas dentro da Igreja Católica -

Da Redação

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Coluna 'Na Trilha da Fé': As igrejas dentro da Igreja Católica 

A Igreja Católica é constituída de 24 Igrejas autônomas conhecidas como ‘sui iuris’ (Ecclesia sui iuris): 1 ocidental e 23 orientais. Quando se fala em Igreja Católica sua sede vai ser sempre Roma. Porém, o rito romano está presente no mundo inteiro, tendo dioceses em todos os continentes. As Igrejas Católicas Orientais têm seus fiéis espalhados por toda parte do mundo, porém por uma questão histórica, estão mais presentes no lugar onde nasceram. Elas possuem tradições culturais, teológicas e litúrgicas diferentes, mas professam a mesma fé e única doutrina católica, mantendo-se em comunhão completa entre si e com a Santa Sé.

Somente no Brasil há nove Igrejas Católicas de diversos ritos orientais. A Católica de Rito Ucraniano, em número, é a maior Igreja Católica oriental no mundo. No Brasil, ela marcou seu início no final do século XIX, mais precisamente em 1895, quando o primeiro grupo de imigrantes ucranianos, vindos majoritariamente da Ucrânia ocidental, desembarcou no território brasileiro. Seguiram-se outras levas, principalmente na 1ª e 2ª década do século XX. Os imigrantes ucranianos, em sua maioria católicos, estabeleceram-se no Paraná e Santa Catarina. Até 1952, os fiéis ucranianos estavam sob a jurisdição dos bispos latinos das dioceses de Curitiba (mais tarde Arquidiocese), Ponta Grossa e Jacarezinho, das prelazias (mais tarde dioceses) de Palmas e Foz do Iguaçu e de Joinville.

Institucionalmente, a Igreja Católica de Rito Ucraniano está organizada na Metropolia São João Batista, com sede em Curitiba, e, na Eparquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, sediada em Prudentópolis, maior berço ucraniano do Brasil. Em termos territoriais, tanto a Eparquia quanto a Metropolia possuem seus territórios delimitados pelas respectivas paróquias, concentradas no Paraná, norte de Santa Catarina e São Paulo, abrangendo, cada uma, parte dos estados brasileiros. Dentro da região da Diocese de Ponta Grossa, a Paróquia Transfiguração de Nosso Senhor, a Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada e o Instituto das Catequistas do Sagrado Coração de Jesus, em Ponta Grossa, pertencem a Metropolia São João Batista. Ainda, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Reserva, formada por cinco comunidades.

Ainda no domínio diocesano, no território da Eparquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, são duas paróquias. Em Irati, a Paróquia Imaculado Coração de Maria, composta por quatro comunidades em Irati e em Rebouças, e, em Ivaí, a Sagrado Coração de Jesus, fundada em 1911, formada por oito comunidades. Em 2016, o número de católicos orientais era de 17,8 milhões, dos quais aproximadamente 7,67 milhões seguiam a tradição bizantina. Somente na sede da Diocese, em Ponta Grossa, estima-se a existência de 5 mil famílias descendentes de ucranianos. A Paróquia Transfiguração de Nosso Senhor, criada pelos padres basilianos e por eles sempre administrada, teve sua instituição em 25 de janeiro de 1952 pelo bispo Dom Antonio Mazzarotto, a quem os fiéis ucranianos estavam sob pastoreio. No entanto, o início da organização da comunidade data ainda de 1938. Hoje, participam da paróquia cerca de mil famílias. Também fazem parte da paróquia a Capela Imaculada Conceição, do Parque Nossa Senhora das Graças, Ponta Grossa, e a Igreja Assunção de Nossa Senhora, de Wenceslau Braz.

As diferenças entre os católicos bizantinos e latinos estão principalmente na arquitetura da igreja, nos costumes cristãos diários e na maneira de celebrar a fé e os sacramentos. “A estrutura da Liturgia é a mesma da latina, porém a forma como é celebrada é diferente. Segue a Liturgia São João Crisóstomo, própria do rito, feita de costas, mas não significa que é uma celebração tridentina, como muitos tradicionalistas se referem. Nós estamos atualizados com todos os progressos e mudanças da Igreja. Outro diferencial é quanto a espiritualidade. A oriental é mais contemplativa, onde entram os ícones. Os ícones na igreja oriental têm uma grande importância na prática espiritual. Usamos a música para deixar mais celebrativo, mas, originalmente, não se usam instrumentos musicais. Não existe movimento de corpo”, explica o pároco, padre Metodio Techy.

É próprio do Rito Oriental os sacramentos serem recebidos ao mesmo tempo. Porém por questões pastorais e catequéticas isso é diferente no Brasil. O Batismo e a Confirmação são instituídos juntos, mas a Eucaristia não. As missas são em português. Aos sábados, às 19 horas. Aos domingos, às 9 horas, a celebração é cantada em ucraniano, mas as leituras e a homilia são em português.  Para preservar as tradições. O rito permite que os padres orientais sejam casados, mas não os consagrados, os diocesanos. Um acordo não prevê essa prática entre as igrejas católicas no território brasileiro.  

FONTE

https://metropolia.org.br

- Paróquia Transfiguração de Nosso Senhor

Padre Arnaldo Rodrigues. Igreja Católica: sempre “Una”. 24/10/2019. Disponível em: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2019-10/igreja-catolica-sempre-una.html Acesso em: 25/11/2021

Qual é a diferença entre católicos latinos e bizantinos? Disponível em: https://www.tweetingwithgod.com/pt/content/352-qual-e-diferenca-entre-catolicos-latinos-e-bizantinos Acesso em: 25/11/2021

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