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‘O Homem do Jazz’ é romance marcado pelo racismo dos anos 1940

O longa-metragem, dirigido pelo famoso ator Tyler Perry, um rosto frequentemente visto em comédias pastelonas, acompanha o romance proibido entre Bayou e Leanne

Usando o romance proibido como ator principal da trama, Tyler Perry aborda o racismo de maneira dura, com um desenvolvimento trágico, digno da famosa 'Romeu e Julieta' de Shakespeare
Usando o romance proibido como ator principal da trama, Tyler Perry aborda o racismo de maneira dura, com um desenvolvimento trágico, digno da famosa 'Romeu e Julieta' de Shakespeare -

Da Redação

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Quantas vezes já nos deparamos com obras que falam de romances proibidos. Não sei se foi a primeira, mas certamente “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, é uma das mais conhecidas. Produções que versam sobre racismo também existem aos montes, inclusive com ganhadores do Oscar como 'Green Book', para ficar em um mais recente. Agora, e quando os dois temas pesados se unem? É o que acontece no filme 'O Homem do Jazz' (A Jazzman’s Blues), filme que está disponível no catálogo da Netflix.

O longa-metragem, dirigido pelo famoso ator Tyler Perry, um rosto frequentemente visto em comédias pastelonas, acompanha o romance proibido entre Bayou e Leanne (vividos pelos novatos Joshua Boone e Solea Pfeiffer), que são separados pela mãe dela em nome de um casamento arranjado com um branco rico. Mas ele nunca consegue esquecê-la e a trama abrange 40 anos de segredos e mentiras.

A história, que se passa em meados dos anos 1940, carrega um drama comovente e com uma temática pesada que permeia os Estados Unidos até os dias de hoje. Obviamente, na década de 1940, a questão do racismo era bem mais intrínseca na sociedade, inclusive segregando a população por regiões.

Usando o romance proibido como ator principal da trama, Tyler Perry aborda o racismo de maneira dura, com um desenvolvimento trágico, digno da famosa peça de Shakespeare. O roteiro é denso, profundo e cheio de camadas, não se apegando apenas ao drama do amor proibido. O único pecado, talvez, seja a sua duração, que pode cansar um pouco o espectador diante de tantas idas e vindas.

Apesar de relativamente iniciantes em longas-metragens, Joshua Boone e Solea Pfeiffer, que interpretam o casal protagonista, com o auxílio luxuoso de Amirah Vann, mãe do jovem negro, seguram bem suas atuações, tornando o drama mais palpável, atingindo em cheio o espectador. Além disso, toda a direção de arte, os figurinos e a fotografia acompanham o alto nível da produção.

Diante desses predicados, com o desfecho de 'O Homem do Jazz' focando na bandeira dos Estados Confederados, usada pelos estados do sul do país durante a Guerra Civil norte-americano e símbolo de grupos racistas da extrema-direita, Tyler Perry se mostra inteligente na direção. Sem dizer uma palavra, ele enfatiza ainda mais esse sentimento de divisão. Vale as mais de duas horas de duração.

'O Homem do Jazz' está disponível de forma exclusiva no catálogo da Netflix para todos os assinantes.

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