Coluna RC entrevista Alberto Portugal

QUEM FAZ ACONTECER! ESPECIAL 2023

Tentando definir este homem, cheguei em algumas palavras: multiplicidade, abundância, profusão!  

Alberto Portugal é um grande apaixonado pelas belas artes, e segue acreditando e lutando pela cultura como instrumento de transformação do mundo.

Ator, diretor de teatro, escritor, artista plástico, bacharel em artes. Possui números impressionantes também na produção cultural. Autor de 5 livros, 82 peças de teatro, 14 espetáculos de dança e 32 exposições, sendo premiado em diversos festivais pelo país. 

Professor das disciplinas de Teoria e História da Arquitetura, das artes e do Design. É membro efetivo da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes – APLA, da Academia Bahamut para Artes, do Centro Cultural Professor Faris Michaele.

Gestor público municipal, coordenador da AMCG Cultura, divisão cultural da Associação dos Municípios do Campos Gerais, membro do Bloco G7 que reúne os dirigentes de cultura dos maiores municípios do estado e Conselheiro de Cultura do Estado do Paraná, representando a macrorregião dos Campos Gerais. 

Seu desejo é o desejo de todo artista. Que a cultura possa se expandir cada vez mais e que os artistas consigam cada vez mais viver daquilo que produzem. Acompanhe e se inspire.

RC - Qual seu principal projeto e ou conquista em 2023? 

Alberto - Acho que foi uma responsabilidade muito grande estar à frente da Secretaria de Cultura no ano em que Ponta Grossa completa 200 anos. Fizemos 200 eventos para celebrar a história da cidade em 365 dias, e entre tantos momentos legais, a inauguração do Museu Municipal Aristides Sposito, na Mansão Villa Hilda, está entre os mais marcantes. Mas também tivemos grandes festas de rua, com a população ocupando espaços públicos, shows. E saber que durante alguns momentos as pessoas conseguiram se divertir e aproveitar a vida me faz realizado.

RC - Qual expectativa/projeção para 2024 no seu negócio?  

Alberto - Para 2024, espero que possamos aumentar o consumo de cultura na cidade. Este ano já tivemos um aumento expressivo. Quero uma cidade em que a produção de arte tenha na mesma proporção consumidores. Que os artistas consigam cada vez mais viver daquilo que produzem. Vamos explorar ainda mais os espaços públicos culturais e fortalecer o setor.

RC - Que fatores você considera para o sucesso da sua trajetória? O que te fez chegar aonde chegou?  

Alberto - Não me considero uma pessoa de pleno sucesso. Me considero um apaixonado pelo que faço. Sou um cara de sorte, que teve a oportunidade de trabalhar com o que ama. Isso me trouxe até aqui. Isso me mantém onde estou.

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 RC - Qual você acredita ser a competência do futuro? 

Alberto - Acho que no futuro, com a chegada da inteligência artificial de forma tão rápida como temos visto, vamos entender que sensibilidade, criatividade, amor e compaixão são instrumentos exclusivamente humanos. E no futuro, ou aprenderemos a usá-los, ou seremos engolidos pela máquina.

 RC - Qual conselho daria para quem quer empreender, ou começar um novo projeto? 

Alberto - Eu gosto muito da história de Walter Elias Disney. Dou aula sobre ele, e me inspiro diariamente na sua história. Disney diz que a gente tem que sonhar, que a vida tem que ser além do básico. Gosto de gente que sonha com coisas e que tenta fazê-las, mesmo sabendo ser difícil. Tentando com otimismo, e fazendo com amor de verdade, tudo no fim dá certo.