Francischini cassado: a dança das cadeiras na ALEP

Deputado estadual mais votado da história do Paraná, Fernando Francischi foi cassado por disseminar fake news sobre urna eletrônica. Decisão judicial muda composição do Legislativo

Dono de mais de 427 mil votos na eleição para deputado estadual em 2020, Fernando Francischini (PSL) foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (28). O motivo? Francischini foi considerado culpado por seis ministros em um processo que acusava o parlamentar de divulgar informações falsas sobre as urnas eletrônicas - apenas um ministro votou a favor do deputado.

Em 2018, o então candidato a deputado estadual divulgou informações falsas em que defendia que as urnas teriam sido adulteradas para impedir a eleição de Jair Bolsonaro, então aliado de Fernando. Ironicamente, mais de três anos após os fatos, Francischini acabou cassado, além de também não ter mais Bolsonaro como aliado. Francischini disse que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Mas o que a cassação de Francischini muda na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP)? A resposta é: muita coisa. Além do próprio Francischini que deverá perder o cargo, os deputados Emerson Bacil, Do Carmo e Cassiano Caron perderão as cadeiras - todos eles foram eleitos com a ajuda da estrondosa votação de Francischini. Isso porque a cassação de Fernando muda o cálculo do coeficiente eleitoral.

Francischini também foi deputado federal por dois mandatos, secretário de Segurança Pública do Paraná e candidato a prefeito de Curitiba, em 2020 - na eleição do ano passado, Fernando amargou uma dura derrota para Rafael Greca ainda no primeiro turno. 

Caso a dança das cadeiras se confirmem, assim como os cálculos, o deputado Hussein Bakri (PSD) deverá assumir uma cadeira efetiva na Assembleia - atualmente o líder do Governo atua no cargo como suplente.

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