Corrida eleitoral é definida em Ponta Grossa

Pré-candidatos a prefeito discutem coligações e apoio para garantir maior tempo de TV durante a campanha eleitoral que terá apenas 45 dias em 2016 

Com antecedência de aproximadamente dois meses da data das convenções partidárias, em Ponta Grossa está praticamente definido o cenário eleitoral da disputa pela Prefeitura Municipal em 2016. Os principais candidatos ao cargo já firmaram a intensão de concorrer em outubro e agora buscam viabilizar nos bastidores coligações, apoios e aumentar o tempo de TV para a campanha que se avizinha.

Candidatura natural a reeleição, o prefeito Marcelo Rangel (PPS) deve disputar a chance de comandar a Prefeitura por mais quatro anos. A principal dúvida sobre a candidatura de Rangel é a escolha do vice: o atual vice-prefeito, José Carlos Raad, o Dr. Zeca, se filiou também ao PPS e deverá voltar a brigar por uma vaga no Legislativo Municipal para o próximo mandato. Com isso, Elizabeth Schmidt (PSB), ganha força como possível vice – ela se afastou em tempo hábil das secretarias que comandava e já demonstrou interesse em ocupar o cargo na chapa.

Do outro lado da disputa está o deputado federal Aliel Machado (Rede) que confirmou a pré-candidatura na última semana. Aliel era cogitado como possível candidato ao cargo desde 2015 e vinha postergando a confirmação. O deputado agora busca o apoio de outros partidos para viabilizar a candidatura ao cargo – Aliel já recebeu o apoio público do deputado estadual Péricles de Mello (PT). Durante o último final de semana, Aliel esteve em Petrópolis no RJ para se encontrar com Marina Silva e conversar sobre a candidatura.

O PDT, do deputado estadual Marcio Pauliki, deve definir a situação no começo dessa semana. Pauliki garantiu que não há “racha” dentro do partido e que a legenda tem apenas formado um plano de governo sólido para apresentar aos moradores da cidade. Além de Pauliki, o PDT também tem como candidato o ex-vereador Roberto Mongruel que já foi presidente da Câmara e também chegou a comandar o Poder Executivo na ausência do então prefeito Jocelito Canto.

O PMDB, partido que ganhou ainda mais força com a posse de Michel Temer como presidente interino, segue conversando com várias legendas, mas segundo o presidente, Carlos Demario, a conversa está mais “adianta” com Aliel. Com isso, cresce a possibilidade do PMDB indicar um nome para compor a chapa do representante da Rede e ocupar o cargo de vice – dentro do partido a possibilidade seria mais forte com o ex-vereador Edilson Fogaça ou o ex-prefeito e ex-deputado federal, Otto Cunha.

Küller e Scheffer figuram na terceira via

Na chamada “terceira via” aparecem dois nomes relevantes da polícia local. Pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), o vereador Julio Küller dá como certa a candidatura ao Poder Executivo em 2016. Já pelo Partido Verde (PV), Álvaro Scheffer também é cotado para ser candidato ao cargo – o empresário já foi secretário municipal em duas gestões e tem bom trânsito em vários setores da sociedade. No entanto, alguns candidatos também cogitam Sheffer como possível vice.

PT deve apoiar Aliel

O Partido dos Trabalhadores (PT) chegou a cogitar uma candidatura própria com Celso Lacerda para “reagrupar” a militância, mas o partido deve apoiar Aliel na disputa. Segundo o presidente do partido, Edson Armando, Aliel já os procurou oficialmente e a decisão será tomada pela coletividade da legenda ainda em junho ou no mais tardar julho. “Se decidirmos apoiarmos Aliel, será um apoio verdadeiro e efetivo de toda a militância do PT”, lembrou Armando. Na visão do presidente, a candidatura própria hoje é vista como uma “segunda opção” dentro do partido.

PSOL deve ter candidato próprio

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) deverá ter candidato próprio na disputa pelo comando do Palácio da Ronda. O professor universitário Sérgio Gadini figura como pré-candidato da legenda ao cargo de prefeito em outubro e tem intensa militância junto aos movimentos sociais.