Prefeituráveis apresentam saídas diferentes para o problema da segurança

Candidatos têm propostas distintas para a atuação da Guarda Municipal da cidade e para a diminuição dos índices de violência.

Parte fundamental das propostas e das discussões dos candidatos durante o período eleitoral, a (in)segurança pública segue sendo um problema evidente para os prefeituráveis que participam do pleito em 2016. Com assaltos e furtos de carros integrando a rotina da cidade diariamente, os candidatos ao cargo de prefeito apresentam propostas e saídas distintas para o problema da segurança pública.

Há duas semanas, um grupo de empresários se reuniu na Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) se reuniu para discutir saídas para o setor. Os investidores que participaram da reunião ressaltaram que tanto a Polícia Militar (PM) como a Guarda Municipal (GM) tem colocado o efetivo na rua, mas lembraram que apenas isso não vinha sendo “suficiente” para conter os números da criminalidade no município.

Atualmente uma comitiva de empresários e representantes políticos tem tentado agendar uma audiência com o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita. O objetivo do grupo é discutir saídas e alternativas para o crescimento do índice de criminalidade e, consequentemente, da insegurança da população. Entre as lideranças envolvidas na discussão está a presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Jane Vilaca.

Diante desse cenário, os postulantes ao maior cargo da administração pública de Ponta Grossa apresentam aos leitores do Jornal da Manhã propostas para sanar (ou pelo menos amenizar) o problema da segurança em âmbito municipal.

Vereadores também salientam falta de segurança na cidade

Na sessão ordinária do Legislativo Municipal dessa quarta-feira (31) os vereadores Taíco Nunes (PTN) e Pastor Ezequiel (PRB) usaram a tribuna da Casa de Leis para pedir ações mais eficientes do Poder Público na área de segurança. “Sou comerciante e tenho um estabelecimento na Carlos Cavalcanti e lá, depois das 19h. ninguém mais se sente seguro”, afirmou Taíco. A reclamação ganhou adesão de Ezequiel. “Nós precisamos cobrar do Governo do Estado maior estrutura para o trabalho da Polícia Militar”, afirmou o pastor.

Aliel Machado (REDE)

Nossa coligação entende que segurança não é uma atribuição apenas do município, mas depende de um conjunto de ações, que envolve as polícias Militar e Civil. Temos como proposta, implantar ações preventivas, com instalação de postos da Guarda Municipal, em dez pontos de cidadania a serem construídos nas principais regiões da cidade.. Implantaremos um sistema de informações sobre os tipos, origem e locais de crimes, para orientar as políticas preventivas. Outro ponto é providenciar melhorias na iluminação pública e limpeza de áreas geradoras de insegurança, principalmente nos bairros mais distantes. A população participará através dos conselhos municipais. Cultura, Saúde, Esporte e Lazer são atividades que ajudarão a diminuir a violência.

Julio Küller (PMB)

As manchetes mostram que a segurança em Ponta Grossa está em estado crítico. É preciso alguém com coragem e pulso firme para colocar as coisas no lugar. Por isso vou comprar dezenas de motos para a Guarda Municipal que fará o policiamento ostensivo nos bairros com maiores índices de violência. Vou solicitar ao governo do estado a construção de quatro novas companhias nos bairros Santa Paula, Uvaranas, Nova Rússia e Oficinas e ocupar novamente os módulos policiais. Também vamos criar a Casa da Mulher ponta-grossense, que irá oferecer atendimento humanizado em vários setores, além de disponibilizar uma viatura da patrulha Maria da Penha, para proteger as mulheres que já sofreram agressão.

Leandro Soares (PPL)

A cidade tem sido assolada por assaltantes, pessoas desaparecidas, populares fazendo justiça com as próprias mãos, abuso contra crianças, falta de estrutura no sistema prisional, falta de estrutura no Conselho Tutelar e explosões em caixas eletrônicos. A nossa Polícia Militar tem a maior quantidade de viaturas nas oficinas, porque o governo não pagou a conta. Este é o quadro reinante na cidade. Propomos a participação comunitária em ações preventivas, apoio às autoridades e o fortalecimento dos conselhos comunitários de segurança nos bairros. Reservando para a Guarda Municipal o papel de defesa patrimonial no município. Investiremos na luta contra tráfico de drogas e de pessoas bem como o aumento de monitoramento por câmeras de vigilância.

Marcelo Rangel (PPS)

Nossa principal estratégia é intensificar as ações da Guarda Municipal, que foi ampliada, armada e aparelhada adequadamente em nosso governo. Já conseguimos aumentar substancialmente o número de guardas municipais, assim como multiplicamos a frota de viaturas e estamos criando o Grupamento Especial Tático Móvel, que vai capilarizar e otimizar as intervenções da GM. Estamos projetando a ampliação do sistema de monitoramento eletrônico, com ênfase na pronta reação e na contenção de distúrbios. Manteremos as ações pontuais com módulos móveis. Paralelamente, estamos desenvolvendo fortes ações de Cidadania, em particular na prevenção/combate ao uso de drogas. Também vamos ampliar as ações do Procon (com unidade móvel) e da Defesa Civil.

Professor Gadini (PSOL)

Na gestão PSOL/PCdoB, a Guarda Municipal vai cumprir a função definida na Constituição Federal. E vamos intensificar o patrulhamento do trânsito e do patrimônio público e da defesa do cidadão. A Guarda Municipal tem que estar nos bairros, principalmente nas escolas municipais e creches. A integração do quadro efetivo de segurança com a comunidade é fundamental para garantir uma política de segurança pública no Município. Ao mesmo tempo, vamos cobrar que o Governo do Estado cumpra o papel de responder pela gestão, estrutura e condições de segurança pública também em Ponta Grossa. Por que outras cidades médias podem ter mais estrutura e recursos do que Ponta Grossa? É tarefa dos deputados, se representam a região, lutar por melhores condições de segurança.