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Prefeituráveis têm dificuldades em conseguir financiar campanha em PG

Somados as arrecadações dos cinco candidatos a prefeito, o grupo declarou ter gasto apenas 3,3% do limite imposto pelo TSE

Campanha sumiu das ruas e disputa por votos foi transferida para as redes sociais
Campanha sumiu das ruas e disputa por votos foi transferida para as redes sociais -

Afonso Verner

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Somados as arrecadações dos cinco candidatos a prefeito, o grupo declarou ter gasto apenas 3,3% do limite imposto pelo TSE

A crise econômica e a mudança na lei interferiram na arrecadação das campanhas eleitorais de 2016. Os candidatos a prefeito de Ponta Grossa têm enfrentado sérias dificuldades para conseguir financiar as próprias campanhas ao cargo. Diante desse cenário, os prefeituráveis tem doado, eles mesmos, quantias elevadas para a própria campanha e contado com a ajuda de colaboradores não remunerados na corrida eleitoral. Somados os gastos dos candidatos chegam a R$ 265 mil, 3% do limite imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O candidato com a maior arrecadação até o momento é Aliel Machado (REDE) - o prefeiturável declarou ter arrecadado R$ 127 mil e ter gasto R$ 115 mil até o momento. Entre as principais fontes de doação de Aliel estão o fundo partidário que foi responsável pelo aporte de 75% do total arrecado até o momento (R$ 96 mil). A segunda maior fonte de recursos é o próprio Aliel Machado que afirmou ter doado R$ 18,3 mil para a própria campanha.

Maurício Martinkoski é coordenador de campanha de Aliel e doou R$ 13 mil, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Martinkoski afirma que atualmente vivemos um novo momento político e também de financiamento de campanha. “Há muito lutamos pelo fim da doação empresarial nas campanhas eleitorais e isso é importante para a população porque o candidato precisa focar nas propostas, sem o velho marketing que tenta construir um candidato”, afirmou Maurício.

Sobre a doação de pessoas físicas para a campanha, o coordenador acredita que essa é uma alteração cultural. “Acreditamos que nesta eleição ainda não teremos verdadeiramente o termômetro do envolvimento financeiro das pessoas em campanhas políticas, a exemplo do que ocorre em outros países, como os EUA”, exemplifica Maurício. O coordenador confirma ainda que cerca de 20% da equipe de campanha é composta por colaboradores que trabalham sem remuneração.

O voluntarismo também é peça fundamental na campanha de Julio Küller (PMB). O candidato da chamada “Terceira via” tem o financiamento ainda mais limitado diante do “congelamento” do fundo partidário do PMB. Segundo o próprio Küller cerca de 80% das pessoas envolvidas na campanha são voluntárias. “Nosso principal custo é material de campanha e produção de televisão, fora isso trabalhamos com pessoas que se identificam com o projeto”, afirmou Küller.

Segundo os dados do TSE, Küller (PMB) arrecadou R$ 32 mil e informou ter gasto mais de R$ 224 mil – desse montante, 67%, equivalentes a R$ 150 mil, foram investidos na agência que produz a propaganda de rádio e TV. Entre os principais doadores de Küller estão o próprio candidato que desembolsou mais de R$ 15 mil (47% do total arrecadado até o momento) e o deputado Marcio Pauliki (PDT), apoiador de Küller, que contribuiu com mais de R$ 6 mil, cerca de 19% do total arrecadado.

Já o atual prefeito Marcelo Rangel (PPS) arrecadou pouco mais de R$ 104 mil e divulgou um investimento de R$ 181 mil. Segundo os dados do TSE, o maior doador de Marcelo é um ex-vereador e atual empresário que desembolsou R$ 30 mil (29% do total arrecadado) para contribuir com a campanha. Além do ex-parlamentar também estão entre os doadores de Rangel a vice, Elizabeth Schmidt, secretários municipais e outros funcionários do primeiro escalão do Governo Municipal.

Via assessoria de imprensa, o prefeito afirmou que diante da proibição das doações empresariais “pouquíssimas as pessoas podem doar valores substanciais as campanhas”. Outro ponto citado por Rangel é que com o “desgaste em face dos escândalos recentes muitos empresários que poderiam doar valores maiores dentro do limite legal tem preferido não ter seu nome citado como doador”. “A crise financeira atingiu todos, inclusive os empresários e consequentemente em suas pessoas físicas dificultando muito as doações”, afirmou o prefeito.

Rangel não deve receber repasses do fundo partidário

Também através da assessoria de imprensa, Rangel informou que atualmente os principais gastos são as produções dos programas de TV e impressos. O prefeito também informou que a coligação “Ponta Grossa no Rumo Certo”, composta por 12 partidos, não tem previsão de receber nenhum repasse do fundo partidário. Diante desse cenário, na visão do prefeito, a campanha deverá ser pautada por caminhadas e carreatas, além de programas de TV objetivos.

Gadini e Leandro tem campanhas mais humildes

Professor Gadini (PSOL) e Leandro Soares (PPL) são os dois candidatos que apresentaram as campanhas mais modestas até o momento. Gadini afirmou ter recebido pouco mais de R$ 6 mil e os gastos ficaram na casa dos R$ 1,6 mil. Já Leandro informou ao TSE uma arrecadação de R$ 2,5 mil e um investimento de R$ 1690,00. 

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