Com maioria de Rangel, oposição traça estratégia para 2017
Prefeito reeleito terá o apoio de pelo menos 14 vereadores, além dos parlamentares que deverão se posicionar de maneira “independente”
Publicado: 03/11/2016, 18:31
Prefeito reeleito terá o apoio de pelo menos 14 vereadores, além dos parlamentares que deverão se posicionar de maneira “independente”
O prefeito Marcelo Rangel (PPS) colocou o nome na história ao conquistar a vitória no segundo turno da eleição municipal – o gestor se tornou o segundo prefeito a conseguir a reeleição em Ponta Grossa. Além de conquistar mais quatro anos no comando da Prefeitura, Rangel também saiu vitorioso na disputa por vagas no Legislativo: 14 dos 23 vereadores eleitos fizeram parte da coligação de Rangel. Diante desse cenário, os quatro vereadores que deverão formar o bloco de oposição terão que traçar novas estratégias para a atuação a partir de 1 de janeiro de 2017.
O ‘chapão’ (PPS, PSDB, PSB, PSD) formado pela coligação do prefeito conseguiu eleger seis vereadores, inclusive os três parlamentares mais votados. Outras coligações aliadas ao gestor elegeram outros oito vereadores, destaque para o PROS e para o Democratas (DEM), cada uma das legendas elegeu dois parlamentares para a próxima legislatura. Enquanto isso o bloco considerado ‘independente’ e os, em tese, oposicionistas ficaram em desvantagem.
O grupo dos oposicionistas conseguiu garantir quatro cadeiras para a próxima gestão, PTN e REDE foram os partidos vitoriosos e, cada um, terá duas vagas na Câmara – os dois partidos apoiaram a eleição de Aliel Machado. Já o grupo dos parlamentares “independentes” soma cinco cadeiras e conta com vereadores que fizeram parte da base de Julio Küller e integram o PMN, PDT, PMB e o SD.
Pietro Arnaud (REDE), um dos poucos oposicionistas reeleitos para o próximo mandato, garante que seguirá fazendo oposição. “Farei um trabalho inteligente e responsável, valorizando o que é de autoria do governo e merece prosperar, enquanto aquilo o que for ruim merecerá ser discutido e criticado”, afirmou o vereador, atual vice-presidente da Casa de Leis. Além de Pietro, a Rede Sustentabilidade também elegeu Geraldo Stocco.
Stocco garante que fará uma “oposição positiva”. Fui eleito para trazer melhorias para a cidade, ou seja, vou me opor ao que for contra a cidade, tanto eu como os novos vereadores fazemos parte de uma nova política, não vou me opor a um projeto bom de algum vereador só porque ele não é do meu partido”, garante Stocco. “Farei uma oposição consciente e limpa, não oposição por oposição, acredito que isso seja a nova política”, defendeu Geraldo.
Já o vereador George de Oliveira (PMN), antigo líder da base governista de Rangel, foi reeleito para o cargo em uma coligação com o PMB, partido de Julio Küller. Oliveira afirma que se manterá “independente” assim como já fez nos últimos meses. “Não irei integrar uma oposição rancorosa ou participar de um complô contra o prefeito, afinal estou aberto a uma conversa com Rangel”, revelou George.
Além de George, Ricardo Zampieri (SD), Jorge da Farmácia (PDT), Dr. Magno (PDT) e Vinícius Camargo (PMB) deverão compor o grupo tido como independente.
Rangel acredita em “bom trabalho” junto ao Legislativo
Logo após liderar a votação no primeiro turno, Marcelo Rangel (PPS) comemorou a eleição de vereadores da base governista. “Pelo menos 17 desses 23 eleitos são pessoas muito próximas da nossa administração e isso vai possibilitar que façamos um trabalho muito positivo na cidade”, lembrou Rangel. O prefeito reeleito deverá contar com o apoio direto de 14 vereadores, além da possível colaboração de parlamentares do grupo ‘independente’, como George (PMN) e Vinícius Camargo (PMN). Os dois vereadores eleitos pelo PDT, Jorge da Farmácia e Dr. Magno, também seguirão a indicação de independência e, com isso, a oposição ficará apenas com a REDE e o PMN.