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Vantagem de Rangel no 2º turno é a maior em 24 anos

Segundo prefeito reeleito desde a redemocratização, Marcelo Rangel (PPS) conquistou a maior vantagem na disputa desde 1992

Dados mostram que Rangel conquistou a maior vantagem na eleição para a Prefeitura desde 1992.
Dados mostram que Rangel conquistou a maior vantagem na eleição para a Prefeitura desde 1992. -

Afonso Verner

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Segundo prefeito reeleito desde a redemocratização, Marcelo Rangel (PPS) conquistou a maior vantagem na disputa desde 1992

A disputa por cargos no Poder Executivo em Ponta Grossa é caracterizada, via de regra, por resultados ‘apertados’ entre os concorrentes. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a diferença conquistada por Marcelo Rangel (PPS) no segundo turno com Aliel Machado (REDE) na eleição de 2016 é a maior margem em 24 anos. Desde o início das disputas no segundo turno na cidade no ano de 2004, as diferenças entre os votos válidos conquistados por cada um dos candidatos sempre foram menores que a marca de 10%.

Em 2016, Rangel conquistou no primeiro turno da disputa 47,68% dos votos válidos, seguido por Aliel Machado (REDE) com 28,15% dos votos e Julio Küller (PMB), candidato da Terceira Via, com 15,59% dos votos válidos – também estiveram na disputa pela Prefeitura de Ponta Grossa os candidatos Professor Gadini (PSOL) que recebeu 6,93% dos votos e Leandro Soares (PPL), líder de uma chapa pura e dono de 1,55% dos votos válidos na primeira fase do pleito.

Na disputa do segundo turno, Rangel e Aliel proporcionaram um embate de estilos e ideologias na cidade. Enquanto o atual prefeito apostou na continuidade e na experiência para convencer o eleitorado, Aliel Machado apresentou um discurso de mudança de gestão e de renovação política. Com o mesmo tempo de TV na segunda fase da disputa, mas diante de inúmeras restrições orçamentárias e de captação de recursos financeiros da nova Lei Eleitoral, Rangel conquistou 55,38% dos votos válidos contra 44,62% de Aliel.

A diferença de 10,76% dos votos válidos entre os candidatos é a maior desde que a cidade tem a possibilidade de prolongar a eleição para o segundo turno e também é a maior diferença desde a eleição de 1992. Dados do TSE e do TER (Tribunal Regional Eleitoral) mostram que, desde 2004, o município tem sido palco para disputa acirrada por votos e alternância constante de grupos políticos no poder.

Em 1988, por exemplo, Pedro Wosgrau Filho, na época filiado ao PDC, recebeu 46,76% dos votos válidos e superou Djalma de Almeida César, na época filiado pelo PMDB – a diferença entre o primeiro e o segundo colocado foi de 19,02%. A eleição de 1988 também contou com a participação de Luiz Carlos Zuk (PDT) e Silvio Fernandes da Silva (PT). Considerando a eleição de 1992,a diferença entre Rangel e Aliel é a maior registrada na cidade.

Em 1992, por exemplo, Paulo Cunha Nascimento (PDC) foi eleito prefeito da cidade com 41,93% dos votos validos ao superar Djalma (PDMB), dono de 33,36% dos votos – a diferença entre o primeiro e o segundo colocado foi de 8,57%. Em 1996, Jocelito Canto, na época filiado ao PSDB, venceu a eleição com 42,05% dos votos ao superar Péricles de Mello (PT) -  a diferença entre os postulantes foi de 10,01%.

Jocelito e Péricles reeditaram a disputa de 1996 quatro anos depois, mas desta vez o resultado foi outro. Em 2000 Péricles se elegeu prefeito com 49,73% dos votos válidos e Jocelito, gestor em busca da reeleição, conquistou 41,42% dos votos – a diferença foi de 8,31% dos votos válidos. A partir de 2004 até 2012, as disputas pela Prefeitura de PG passaram a ser cada vez mais acirradas – desde 2004, PG passou a contar com a possibilidade de segundo turno.

2º turno foi palco para disputas acirradas

Em 2004, com o início das disputas em segundo turno, Péricles de Mello (PT) acabou derrotado nas urnas por Pedro Wosgrau, agora no PSDB – o petista conquistou 48,22% dos votos contra 51,78% dos votos válidos de Wosgrau. A diferença entre os candidatos foi de apenas 3,56% dos votos válidos e iniciou disputas acirradas na cidade. O tucano conquistou o segundo mandato no comando da Prefeitura e seria o primeiro prefeito a ser reeleito para o cargo na cidade quatro anos depois.

Em 2008, Wosgrau enfrentou Sandro Alex (PPS) em uma disputa novamente acirrada pelo Poder Executivo – naquele ano o município teve outros quatro candidatos a prefeito, entre eles Jocelito Canto, filiado ao PTB, e Lauro Padilha do PV. No segundo turno, Wosgrau entrou para a história ao ser o primeiro prefeito reeleito da cidade com 52,26% dos votos válidos contra 47,74% de votos obtidos por Sandro Alex, irmão de Rangel – a diferença nessa disputa foi de 4,52%.

Eleição de 2012 foi a mais disputada da história

A corrida eleitoral pela Prefeitura em 2012 foi a mais acirrada desde a redemocratização do país. Já no primeiro turno, a corrida eleitoral acabou ‘embaralhada’ com três candidatos na ponta: Rangel (PPS) recebeu 33,44% dos votos válidos, enquanto Péricles de Mello (PT) teve 32,42% e Marcio Pauliki (PDT), novato em disputas eleitorais, alcançou 27,94% dos votos válidos. Também participaram da disputa Leandro Dias (PSOL) com 3,62% dos votos válidos e Krystofer Bannach (PSDC) dono de 0,22% da votação válida.

Na sequência da disputa, a briga foi ainda mais acirrada entre os candidatos que progrediram para o segundo turno. Com Rangel (PPS) e Péricles (PT) no pleito, o resultado foi de 50,48% dos votos válidos para Marcelo Rangel e 49,52% para Péricles de Mello – a diferença de 0,96% é a menor desde a redemocratização do país em 1988. Em 2012, Marcelo conquistou o cargo de prefeito após dois mandatos como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).

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