Após dois meses, família pede justiça no 'caso Rodrigo'

A morte do empresário Rodrigo Carneiro completou dois meses no último dia 24 - o jovem morreu depois de uma confusão na esquina das ruas Balduíno Taques e Saldanha Marinho, região central da cidade. O inquérito já está com o Ministério Público e a família pede justiça aos envolvidos no caso - quatro pessoas prestaram depoimento à Polícia Civil e foram liberadas logo em seguida.

A família do empresário alega que o jovem foi agredido covardemente. Para o irmão de Rodrigo, Angelo Carneiro, os agressores foram covardes com Rodrigo. "Meu irmão morreu porque não quis brigar, não houve briga e sim uma agressão gratuita. “O grupo que agrediu o meu irmão voltou para o posto e continuou bebendo, como se nada tivesse acontecido, e ninguém prendeu os rapazes, nem mesmo os abordou”, criticou Ângelo.

Inquérito está com o MP

Segundo o advogado da família do empresário, Fernando Madureira, o inquérito está agora com o Ministério Público. "Estamos esperando o MP denunciar o envolvidos. Vamos pedir que os responsáveis sejam levados ao júri popular", explicou Madureira.

Para a família de Rodrigo a espera é dolorosa. "A nossa lei é morosa, mas não vamos desistir. Queremos que quem fez isso com o meu irão seja punido com o rigor da lei, apenas isso", argumentou a irmã de Rodrigo, Fabíola Carneiro da Silva. A pedido da família, no local da morte do empresário um outdoor eletrônico exibe a frase: "Justiça - Caso Rodrigo".

Morte causou revolta

A morte de Rodrigo causou revolta na cidade - o jovem era dono de uma loja e era bastante conhecido em Ponta Grossa. A ação das autoridades policiais foi duramente criticada por familiares e amigos do jovem. O secretário de Cidadania e Segurança Pública da cidade, Ary Lovato, chegou a se manifestar publicamente sobre o fato e sobre a ação da Guarda Municipal.