Ponta Grossa
31 de maio de 2017 11:51
Da Redação
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Justiça vai ouvir
autores de ação contra reajuste da tarifa. As partes têm até cinco dias para se
posicionarem sobre o recurso impetrado pela VCG, que busca retomar a tarifa a
R$ 3,70
A juíza Luciana Virmond Cesar, da 2ª Vara da Fazenda Pública
de Ponta Grossa, decidiu que vai ouvir os autores das ações que causaram a
redução na tarifa do transporte público de Ponta Grossa. A decisão foi tomada
depois que a Viação Campos Gerais (VCG), concessionária do transporte coletivo
na cidade, entrou com recurso que pediu à Justiça para reconsiderar a decisão
de anular o reajuste que elevou o preço da tarifa de R$ 3,20 para R$ 3,70.
A VCG também entrou com recurso no Tribunal de Justiça do
Paraná tentando reverter a liminar da juíza que suspendeu os efeitos do decreto
12.635/2017, que reajustou o preço da passagem. A empresa alega que cumpriu
todos os requisitos jurídicos necessários e encaminhou toda a documentação
necessária para que o novo valor da tarifa fosse definido.
Dessa forma, o deputado federal Aliel Machado (Rede) e o
vereador Geraldo Stocco (Rede), além de Luiz Carlos Gorchinski, Sergio Luiz
Gadini e José Vanilson Ribeiro, serão chamados para depor sobre os processos
que foram impetrados. O Ministério Público também foi chamado. “Assim,
intime-se a parte contrária, assim como o Ministério Público, para que, no
prazo de 05 (cinco) dias, apresentem manifestação sobre o pedido de
reconsideração formulado pela ré Viação Campos Gerais Ltda e sobre os
documentos que o instruíram”, determina a juíza.
“Ressalto que não haverá prejuízo para a parte com a medida
adotada, uma vez que a ré Viação Campos Gerais Ltda poderá oferecer o
competente recurso perante o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado visando a modificação
da decisão liminar”, destaca, na decisão. A VCG alega que tem um prejuízo
diário de R$ 50 mil com a redução na tarifa.
Um dos autores de um dos processos que gerou a suspensão do
reajuste, o vereador Geraldo Stocco diz que é preciso “abrir a caixa preta” do
transporte público de Ponta Grossa. Ele afirma que mesmo diante da escassez de
dados apresentados pela empresa, a ação apresentada junto do deputado federal,
Aliel Machado, conseguiu apontar falhas na fiscalização do serviço de
transporte (que é público). “Podemos comprar que nem a Prefeitura e nem a AMTT,
órgão destinado a realizar tal controle, sabem o número de passageiros que usam
o sistema de transporte na cidade”.
As decisões da Justiça foram concedidas no dia 16 de maio e
determinaram um prazo de 48 horas para que a Prefeitura Municipal de Ponta
Grossa (PMPG) e a VCG passassem a praticar o valor antigo de R$ 3,20. A tarifa
era cobrada até o valor ser reajustado em fevereiro de 2017 após a Viação
enviar o pedido de reajuste – o mecanismo é previsto no contrato firmado entre
a VCG e o município.
Entre os argumentos apresentados pela juíza ao conceder a
liminar está justamente o fato do processo de reajuste não ter sido
transparente como prevê a lei. “Apesar da oportunidade concedida ao município
de Ponta Grossa para a comprovação da legalidade do ato administrativo
impugnado, verificou-se de modo claro o descumprimento da referida lei
municipal pelo Poder Executivo réu”, destaca a juíza Luciana Virmond Cesar, na
decisão