“O aumento dos combustíveis é ilegal e imoral”, diz Aliel

Autor de uma ação popular contra o reajuste do preço dos combustíveis proposto pelo Governo Federal, o deputado federal Aliel Machado (REDE) visitou a redação do Jornal da Manhã e do portal aRede nesta quarta-feira (6). O parlamentar participou de uma entrevista ao vivo e comentou os desdobramentos das novas denúncias contra membros do Governo Michel Temer (PMDB) e também a ação do Governo que acabou encarecendo o preço dos combustíveis.

Sobre a ação do Governo Federal que fez com que o preço da gasolina, por exemplo, passasse da marca dos R$ 4 em Ponta Grossa, Aliel afirmou que a atitude foi “ilegal e imoral”. “Esse tipo de reajuste só poderia ser feito via lei e atualmente o Governo sabe que não tem condições de aprovar nada do tipo no Congresso, além de ilegal, já que não poderia ter sido feita por decreto, também é imoral”, disparou Aliel.

O parlamentar também comentou os desdobramentos da ‘descoberta’ da Polícia Federal (PF) que encontrou um ‘bunker’ lotado do dinheiro, espaço que pertenceria ao ex-ministro de Temer, Geddel de Quadros Lima. “Geddel foi homem importante no Governo, articulou o impeachment de Dilma e as votações de interesse de Temer, essa descoberta tem que ser profundamente investigada pela Polícia Federal”, ressaltou Aliel.

Machado apresentou ainda uma abordagem de conscientização e pacificação. “Nesse momento político tão delicado, nós não podemos nos dividir em um Fla-Flu político que opõe uns aos outros, precisamos pensar propostas e saídas para a nossa democracia e que garantam os direitos previstos na Constituição Federal”, alertou o deputado após ler o comentário de um internauta feito durante a entrevista ao vivo.

Reformas

Questionado sobre as reformas apresentadas pelo governo Temer, Aliel lembrou que a “pior das reformas” foi a PEC (Projeto de emenda constitucional) do ‘Teto dos Gastos’. “Limitar os investimentos do Governo nas áreas mais necessárias é a pior das reformas, esse tipo de ação vai prejudicar diretamente a população mais carente que mais precisa dos serviços oferecidos pelo Estado, como é o caso das áreas de Saúde e Educação”, contou Aliel.