Viagem de Passos ao Vaticano será investigada | aRede
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Viagem de Passos ao Vaticano será investigada

Vereadores denunciam viagem de Felipe Passos (PSDB) e assessor parlamentar à Europa. Assessor teria recebido salário integral mesmo ausente dos trabalhos da Câmara

Assessor de Felipe acompanhou viagem ao Vaticano, mas não teve descontos no salário
Assessor de Felipe acompanhou viagem ao Vaticano, mas não teve descontos no salário -

Stiven de Souza

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A Corregedoria da Câmara de Ponta Grossa recebeu, na tarde desta terça-feira (17), uma denúncia contra o vereador Felipe Passos (PSDB) e seu assessor parlamentar, Saymon Azevedo. Assinado pelos vereadores Rudolf Polaco (PPS) e Geraldo Stocco (Rede), o documento pede a abertura de um processo para investigar possível desvio de função em uma viagem de Passos e Saymon ao Vaticano, na Europa.

A viagem aconteceu em setembro, ocasião em que Passos conheceu o Papa Francisco. O vereador pediu o desconto no seu salário pelos dias em que ficou fora do país. No entanto, Saymon Azevedo, que acompanhou o vereador na viagem, teria recebido a remuneração integral do mês trabalhado, mesmo sem ter comparecido na Câmara Municipal por quase duas semanas.

Na denúncia protocolada hoje, os vereadores pedem que seja apurada a responsabilidade tanto do assessor quanto de Passos e sugerem, “se for o caso, a pena com suspensão temporária do mandato de Vereador”, além de “procedimentos cabíveis em face do Assessor apontado”. O caso da viagem à Europa veio à tona após discussões do projeto de Passos, na semana passada, que pedia desconto no salário dos vereadores por faltas nas sessões.

Autor da denúncia, Rudolf comentou o caso ao Jornal da Manhã. "Esperamos que a Corregedoria faça o trabalho de forma independente e com transparência, que é como devemos tratar o dinheiro público, com independência, responsabilidade e com coerência, sem falso moralismo ou qualquer outra coisa”, afirmou. “Devemos respeitar, sempre, o dinheiro público e a população de Ponta Grossa. E é isso que esperamos que a Corregedoria faça, um trabalho com transparência, que é o que toda a população exige e espera”, completou.

Stocco, que assinou a representação junto com Rudolf, disse que o salário do assessor deveria ter sido descontado na viagem. “O salário dele foi descontado, isso eu não tenho problema nenhum. Nem pra onde ele vai, respeito isso e toda a história dele. Porém, ele fez um sensacionalismo sobre o salário dele, enquanto o assessor viajava sem ter o desconto”, afirmou Stocco.

 Após polêmica, Passos quer descontar salário de assessor

Depois da repercussão da polêmica viagem ao Vaticano, na sessão plenária da última quarta-feira (11), Felipe Passos protocolou um pedido para que a Mesa Executiva da Câmara descontasse os dias em que Saymon Azevedo passou na Europa. “A viagem foi particular a um evento religioso marcado ano passado, antes da campanha, utilizei meu dinheiro e o assessor o dele para viajar”, disse, ao JM. “Como em um trabalho se faz, normalmente, quando um trabalhador tem compromisso ou viagem marcada, o chefe pode liberar ou não, com a condição de repor os dias ou descontar em salário”, completou. Na solicitação feita à Mesa Executiva, Passos alega que os dias passados no Vaticano seriam compensados nas férias do assessor. 

Corregedoria

O presidente da Corregedoria da Câmara, vereador Pietro Arnaud (Rede), considerou grave a denúncia. "Me parece uma denúncia grave, já que seriam cerca de 10 dias fora do país sem que houvesse descontos nos salários. Nós vamos apurar isso da maneira mais imparcial possível", disse. 

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