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Família corre contra o tempo para salvar vida de bebê

Bebê tem apenas 12 dias de vida e precisa de cirurgia urgente. Ministério Público cobra saída para o caso

Mãe do bebê pede agilidade na liberação da vaga
Mãe do bebê pede agilidade na liberação da vaga -

Afonso Verner

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Familiares de um bebê de apenas 12 dias de vida correm contra o tempo para salvar a vida da criança que nasceu com uma má formação no coração. O bebê nasceu no dia 30 de novembro no Hospital Regional Universitário dos Campos Gerais (HURCG) e desde então está na Unidade de Tratamento de Intensivo (UTI) do Regional. Uma série de exames posteriores ao parto mostraram que a criança nasceu sem uma parte do coração e precisa de uma cirurgia urgente, no entanto, o bebê ainda aguarda uma vaga no sistema único de saúde (SUS).

O caso veio à tona após uma cobrança do Ministério Público (MP). Familiares do bebê procuraram os promotores do órgão para pedir ajuda na tentativa de conquistar uma vaga para a criança em um hospital com capacidade técnica de realizar a cirurgia necessária. Mesmo após a ação do MP junto ao Governo do Estado, o bebê segue internado do Regional sem perspectiva de transferência, de acordo com o MP.

Segundo os membros do Ministério Público, o caso é uma “tragédia anunciada” – a falta de vagas para transferência já foi alvo de outras ações do MP. A mãe do bebê, Natália Rodrigues dos Santos, contou que só soube da situação do filho uma semana após o parto. “Depois que ele nasceu notaram dificuldade em respirar, só depois de vários exames soubemos dessa condição e também que ele precisava de uma transferência urgente”, contou a mãe.

Segundo o MP, a criança deveria ser transferida para o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, mas uma obra de reforma em uma das alas da unidade teria prejudicado a capacidade do Hospital em receber novos pacientes. Com isso, segundo o Ministério Público, caberia à Secretaria Estadual de Saúde (SESA) buscar vagas ou no sistema privado ou mesmo em outros estados.

Via assessoria de imprensa, a SESA informou que o caso da transferência do bebê está sendo acompanhado pela Central de Regulação. No entanto, a assessoria confirmou a reforma na área da UTI cardíaca do Hospital Pequeno Príncipe após problemas no teto da unidade. Com isso, segundo a assessoria da SESA, a expectativa é que o bebê seja transferido do Regional para o Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba nesta quarta-feira (13).

O Ministério Público deverá entrar com uma ação e tomar outras providências sobre o caso. O avô da criança, Alan Rodrigues, lamentou a situação. “Os médicos nos afirmaram que a situação é muito delicada e nós estamos sem ter o que fazer. Acredito que deveriam ter pensado nessa possibilidade antes de reformar um hospital voltado a esse tipo de atendimento”, protestou o avô da criança.

Emenda irá viabilizar nova maternidade

A falta de vagas de média e alta complexidade no sistema público de saúde é um problema constante. Em Ponta Grossa, os problemas no setor das maternidades chegaram a ser investigador por uma Comissão Especial de Investigação (CEI) presidida pelo vereador Pietro Arnaud (REDE). Em dezembro, foi divulgado o nome da empresa vencedora da licitação de mais de R$ 4 milhões feita com a emenda do deputado federal Aliel Machado (REDE) para a construção de uma nova maternidade anexa ao Hospital Regional. 

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