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Prefeitura de PG quer restringir comércio nos ônibus

Projeto do Executivo quer mudar regras de comércio nos terminais de ônibus. Iniciativa gerou polêmica

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| Autor:

Afonso Verner

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O comércio no interior dos ônibus do transporte coletivo e dos terminais de ônibus é um tema que costuma gerar polêmica em Ponta Grossa. Durante a sessão desta segunda-feira (2), a Câmara de Vereadores discutiu preliminarmente o projeto de lei (PL) 35/2018 de autoria da própria Prefeitura. Em suma, a proposta prevê que apenas comerciantes com “anuência da autoridade competente” poderão comercializar produtos nos terminais, pontos de ônibus e dentro dos coletivos.

O projeto estava previsto para ser votado, em primeiro turno, nesta segunda-feira (2), mas após polêmica acabou retirado da pauta por 15 dias após um pedido do vereador Pietro Arnaud (REDE). “Sugiro que retiremos esse projeto do debate até que essa redação possa ser melhorada, da maneira como está poderá gerar problemas futuros”, comentou o vereador. Nos bastidores, o temor dos parlamentares era que a aprovação do projeto ‘avalizasse’ a retirada de comerciantes que ficam no entorno dos terminais – tal indução não foi confirmada pelos porta-vozes do Executivo.

Logo após o surgimento da polêmica, o líder do Governo, Rudolf Polaco (PPS), fez questão de apaziguar os ânimos. “Vamos retirar para vistas e esclarecer todas as dúvidas. Não podemos aprovar algo que prejudique a população”, garantiu o líder do Governo. Outro membro da base governista que fez críticas ao projeto foi Eduardo Kalinoski (PSDB). “Logo vai vir um projeto autorizando a vender coxinha dentro dos ônibus”, disparou.

Durante o debate sobre o tema, o parlamentar Ricardo Zampieri (SD) salientou para um aspecto importante sobre o tema. “Recentemente aprovamos uma lei do colega Paulo Balancin que proibia o comércio dentro dos ônibus. Existem várias leis como essas que não estão sendo cumpridas”, contou o parlamentar fazendo menção à lei sancionada em maio de 2017. Quem também subiu o tom contra o projeto foi George de Oliveira (PMN).

Com passagens pela oposição e pela base no governo, inclusive liderando os grupos em momentos distintos, George fez duras críticas ao projeto. “Pra mim está muito claro que essa iniciativa quer favorecer os donos de cafés do Centro. Além disso, as licitações feitas para os comerciantes que atuam no interior dos terminais tem muitos questionamentos”, contou o vereador.

VCG avalia projeto como “positivo”

A Viação Campos Gerais (VCG), empresa concessionária do transporte coletivo em Ponta Grossa, se manifestou sobre o tema via assessoria de imprensa. De acordo com a empresa, a avaliação inicial é que o projeto tem caráter positivo. “A lei é necessária, tão importante quanto a fiscalização para que seja respeitada, já que esse tipo de trabalho atrapalha a rotina dos ônibus, causando até mesmo atrasos”, informou a assessoria. A empresa lembrou ainda o incidente em que um colaborador foi agredido por um vendedor ambulante no terminal de Uvaranas em fevereiro de 2017.

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