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Câmara revoga reposição salarial de vereadores

Mesa Executivo cumpriu promessa e revogou reajuste. Votação foi marcada por troca de farpas entre os parlamentares

Mainardes lembrou que votou projeto diante da "responsabilidade" constitucional da Mesa Executiva
Mainardes lembrou que votou projeto diante da "responsabilidade" constitucional da Mesa Executiva -

Afonso Verner

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A polêmica envolvendo o reajuste de 3,86% no salário dos vereadores de Ponta Grossa é oficialmente ‘assunto superado’ – a medida havia sido votada no auge da paralisação dos caminhoneiros e transportadores. Nesta quarta-feira (27), em uma sessão rápida (o encontro durou pouco mais que 35 minutos) e ofuscada pelo jogo do Brasil na Copa do Mundo, os parlamentares aprovaram, em duas discussões, o projeto de lei (PL 178/2018) que revoga a reposição salarial.

No entanto, a medida foi aprovada sem uma nova polêmica. O vereador Rogério Quadros (MDB) usou a palavra para fazer duras críticas a maneira como o projeto de reajuste (que também concedia aumento de 5% para os servidores comissionados e de carreira) foi colocado em pauta. “A ata mostra que o projeto foi lido, passou pelas comissões e foi votado em duas discussões no mesmo dia”, questionou Rogério que votou favoravelmente ao projeto.

Quadros alertou para o fato do PL ter ganho parecer na Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR), grupo que ele integra, sem a assinatura do parlamentar. “Para incluir o ganho [reajuste de salário] foi rápido, mas veja quanto tempo demorou para que o próprio reajuste ser cancelado”, questionou Rogério. O vereador lamentou o fato de ter votado sim no momento de discussão do projeto.

As afirmações de Rogério foram prontamente rebatidas por Sebastião Mainardes (DEM), presidente do Legislativo. O vereador lembrou que a Mesa Executiva tinha a “obrigação” de colocar o reajuste em pauta – em 2016, a Câmara optou por não votar o reajuste constitucional dos agentes políticos. “O que não pode ser dito aqui é que os vereadores agiram de forma irresponsável. Foi por responsabilidade que colocamos o projeto em votação”, disparou Mainardes.

O parlamentar Felipe Passos (PSDB), único que votou contra o projeto de reajuste, pediu a palavra a Mainardes e o clima esquentou – outros parlamentares também se manifestaram sobre o tema. A revogação do reajuste foi então votada em segunda discussão e aprovada por unanimidade – com isso, o reajuste de cerca de R$ 300 no salário de cada um dos vereadores foi de fato anulado.

Promessa

Logo após a repercussão negativa do reajuste, Mainardes convocou uma coletiva de imprensa para anunciar a revogação da reposição inflacionária de 3,86% e se comprometeu em colocar a revogação em debate logo a lei fosse promulgada, o que de fato fez – a lei foi promulgada nesta semana. Durante a votação inicial, apenas o vereador Felipe Passos (PSDB) votou contra o reajuste para servidores e vereadores.

Kalinoski e Stocco deverão retomar o assunto

Durante a votação do projeto, Eduardo Kalinoski (PSDB) anunciou que ele e o vereador Geraldo Stocco (REDE) iriam apresentar uma emenda ao projeto cancelando o reajuste de 5% para os funcionários comissionados e o aumento de dois níveis de carreira para alguns concursados. No entanto, diante da necessidade de se fechar a folha salarial, Eduardo e Geraldo deverão apresentar a proposta apenas na próxima segunda-feira (02/07).

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