PG poderá ‘ganhar’ dois deputados até fevereiro

Dr. Zeca (PPS) e Marcio Pauliki (SD) estão como primeiros suplentes do partido e coligação.

As eleições de 2018 trouxeram um cenário de prejuízo para Ponta Grossa em relação à representatividade entre os deputados. Atualmente com três membros na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o município conseguiu eleger somente dois nomes para a próxima gestão – Plauto Miró Guimarães Filho (DEM), que vai para o 8º mandato consecutivo, e Mabel Canto (PSC), que assume um cargo eletivo pela primeira vez. Já na Câmara Federal, o cenário permaneceu sem mudanças: os dois atuais representantes de Ponta Grossa – Aliel Machado (PSB) e Sandro Alex (PSD) – acabaram reeleitos.

No entanto o município ainda pode ganhar novos representantes entre os deputados estaduais e federais até a nomeação oficial, que acontece em fevereiro. Isto porque a cidade tem dois representantes como 1º suplentes de chapas que podem ter nomes escolhidos para funções administrativas no governo de Ratinho Junior (PSD).

Em nível estadual, Dr. Zeca (PPS) garantiu 26,8 mil votos e ficou na primeira suplência do partido, que elegeu três deputados para a Alep: Cristina Silvestri, Tercilio Turini e Douglas Fabrício. Caso um dos três sejam chamados para compor o governo de Ratinho Junior, o atual vereador de Ponta Grossa assume uma vaga na Assembleia.

O mesmo cenário é válido para o deputado estadual Marcio Pauliki (SD), que buscou uma vaga na Câmara Federal e ficou na primeira suplência da chapa composta ainda por MDB, PCdoB e PDT. A coligação elegeu três nomes: Gustavo Fruet (PDT), Hermes ‘Frangão’ Parcianello (MDB) e Sérgio Souza (MDB). Caso um dos três passe a compor o quadro Executivo do futuro governador, Pauliki fica com a vaga de deputado federal e aumenta a representatividade de Ponta Grossa em Brasília.

Em relação ao cenário, Pauliki explica que não cria expectativa de assumir uma vaga, mas que é comum que suplentes assumam cadeiras em alguns cenários políticos. “Podemos chegar no começo do ano que vem tendo três deputados federais na cidade. Não que eu esteja na expectativa – e nem estou trabalhando nesta linha – mas existem sim as possibilidades de composições de governo. A gente sabe que geralmente os suplentes assumem, dependendo do cenário político. Não estou nessa expectativa, mas se acontecer alguma mudança no cenário, o primeiro suplente sou eu”, afirma.

Ratinho Junior inicia composição do governo

Após quatro dias de férias com a família, o futuro governador Ratinho Junior retomou nesta segunda-feira (15) as atividades visando os trabalhos no Executivo estadual a partir do próximo ano. Ainda sem divulgar nomes oficialmente, Junior analisa a composição do futuro governo com líderes do partido e amigos que o ajudaram durante o processo eleitoral. Fontes próximas ligadas ao futuro governador garantem que nenhum nome foi definido. No entanto, a expectativa é de que João Carlos Ortega, que durante todo o período de Ratinho como secretário de Estado de Desenvolvimento foi seu braço direito, seja o futuro chefe de Gabinete.

No cenário de 2014, Felipe Passos ficaria com uma das vagas

Em uma situação um pouco mais hipotética, o vereador de Ponta Grossa Felipe Passos (PSDB) também tem a possibilidade de assumir uma vaga como deputado federal. Com quase 50 mil votos, Passos acabou na quinta suplência da coligação formada por PP, PTB, DEM, PMN, PMB, PSB, PSDB e PROS. Apesar de a chance parecer pequena, o cenário eleitoral de 2014 mostra que ainda é possível. Na época, a coligação em que estava o partido de Passos permitiu que exatamente cinco suplentes assumissem uma vaga na Câmara. A diferença é que Passos concorreu às eleições na chapa rival do candidato eleito ao governo do Estado.