Pais são presos por forçar criança a participar de sexo

Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) solucionou, ao todo, três casos graves envolvendo abusos sexuais na cidade

O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) prendeu um casal suspeito de obrigar uma criança de quatro anos de idade a participar de relações sexuais - a vítima era filha do homem e enteada da mulher presa. De acordo com a delegada Ana Paula Cunha Carvalho, responsável pelas investigações, os mandados de prisão foram cumpridos recentemente. 

Ana Paula contou que a investigação demonstrou que o casal tinha relações sexuais na presença da criança. "Inclusive obrigando a vítima, de apenas quatro anos de idade, a participar do ato sexual, induzindo que ela acredita-se que isso fosse uma brincadeira", contou a delegada. "A vítima começou a querer representar a brincadeira de marido e mulher com outras crianças do seu convívio e esse fato esse que chamou a atenção de familiares", explicou a delegada. 

Com isso, os familiares encaminharam a criança para acompanhamento psicológico. "Foi durante uma das sessões com a psicóloga que a vítima relatou espontaneamente essa relação sexual a três, ou seja, ele, o pai e a madrasta", afirma a delegada Ana Paula Cunha Carvalho.

Desta forma, a delegada pediu à Justiça um mandado de prisão contra os pais que foi cumprido pelo Nucria. O nome da criança e dos pais, assim como informações sobre o local e dia da prisão, são mantidos sob sigilo para preservar a identidade da vítima. 

Balanço das prisões

De março a agosto deste ano, o Nucria realizou 17 prisões pela prática do crime de estupro de vulnerável. Segundo a delegada Ana Paula Cunha Carvalho, esse número representa a confiança que a população tem no trabalho que estamos realizando na cidade. "Todos os dias recebemos inúmeras denúncias envolvendo crimes que vão desde maus-tratos, negligência, abandono e violência sexual. É muito importante estar atento ao comportamento da criança e do adolescente e, havendo alguma suspeita, a indicação é para que se procure os órgãos de proteção", alerta Ana Paula.