Liberação do saque do FGTS anima o comércio

Valor deve aquecer as vendas e reduzir as perdas registradas durante a pandemia, diz presidente do Sindilojas na região, José Loureiro

Desde o dia 29 de junho, a Caixa Econômica Federal está liberando os valores do Saque Emergencial FGTS. Desde então, toda segunda-feira, os trabalhadores formais estão recebendo, em uma poupança digital, o valor de até R$ 1.045 por conta, conforme o mês de nascimento, iniciado pelos aniversariantes de janeiro – no último dia 20, por exemplo, foi pago o benefício aos nascidos em abril. A partir deste fim de semana, do dia 25, haverá a liberação desses valores para saque e transferência para quem nasceu em janeiro. O pagamento do benefício e essa possibilidade de movimentação dos recursos traz um ânimo extra aos empresários do comércio de Ponta Grossa, informa José Loureiro, presidente do Sindicado do Comércio Varejista de Ponta Grossa e Região, e também secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação profissional. 

“Isso vai dar um ‘plus’ nas vendas. Porque na atual conjuntura, com as vendas em baixa, é um dinheiro que vai circular diretamente no comércio. Há muitas pessoas desempregadas, então é um valor que também vai ajudar quem está precisando, para comprar algo”, resume o empresário. Além disso, Loureiro lembra que é um valor que pode ser benéfico para uma data específica, celebrada em agosto. “É um valor significativo que vai circular, por ser R$ 1.045 por trabalhador. Então como tem o Dia dos Pais, é um ponto bem positivo para a data, vai poder agregar muito”, completa, destacando a possibilidade do saque e transferência dos valores já a partir deste sábado. 

Neste momento, devido ao Dia dos Pais, alguns setores em específicos devem se destacar, afirma Loureiro, como perfumaria, lojas de roupas, calçados, acessórios de veículos, entre outros. Depois, alguns setores que estavam com baixa nas vendas desde março, devido à pandemia, deverão se beneficiar – como a compra de roupas, sapatos, e outros itens não essenciais. “Muita gente guardou dinheiro e acabou não gastando, mas esse dinheiro deve vir para circular, aquecendo comercio de qualquer forma”, ressalta.

Dívidas deverão ser pagas

Outro destino desse dinheiro, informa Loureiro, deverá ser o pagamento de dívidas. “Por conta da pandemia, muitos podem estar com o cartão negativado, então o recuso ajudará a pagar o juro. É melhor se livrar da dívida, por não saber como será o futuro”, diz. Além disso, o fato de acertar as contas ‘limpar’ o nome, traz benefício ao próprio comércio, que além de receber esse dinheiro atrasado, contará com mais um cliente adimplente. “Com esse dinheiro, todos vão se beneficiar”, conclui o líder sindical.