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Projeto será mudado para PM ocupar a Estação

Com ação judicial para impedir instalação de base da PM na Casa da Memória, prefeito pretende usar local para criar museu da polícia

Imóvel onde ficava a Casa da Memória pode abrigar museu da PM no futuro
Imóvel onde ficava a Casa da Memória pode abrigar museu da PM no futuro -

Da Redação

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Com ação judicial para impedir instalação de base da PM na Casa da Memória, prefeito pretende usar local para criar museu da polícia

O prefeito Marcelo Rangel (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (12) que deve fazer uma mudança no projeto que cede parte da Estação Paraná para a Polícia Militar. Com a ideia inicial de transformar o local na sede da 1ª Companhia, que hoje fica num imóvel pequeno no Parque Ambiental perto do Shopping Palladium, agora o espaço pode abrigar um museu da PM.

A alteração na proposta surgiu a partir de uma ação judicial que, segundo o prefeito, foi impetrada por membros da oposição “que não querem o progresso da cidade”. Um dos argumentos utilizados na ação é a lei 13.026/2017, que institui o Plano Municipal de Cultura. Entre seus artigos, a lei estabelece uma lista de imóveis de uso cultural do município que devem permanecer dentro dessa área “com finalidade de valorização cultural e histórica da cidade” – entre esses imóveis está a Estação Paraná, sede da Casa da Memória.

“Recebi uma sugestão do Beto Portugal, que trabalha comigo na Cultura, e vamos fazer um projeto de lei para a Polícia Militar usar também como museu da PM, daí pronto: estará contemplando a cultura e a segurança, como acontece lá em Florianópolis”, explica Rangel, citando o museu que a polícia catarinense tem ao lado da ponte Ercílio Luz e que também abriga uma base da PM.

Rangel lembra ainda que o dinheiro para o restauro do imóvel já está garantido e, com a presença da polícia no espaço, ele será preservado. “Esta agora é nossa proposta, agora está todo mundo satisfeito?”, indagou o gestor municipal durante a apresentação de seu programa de rádio nesta manhã.

Argumentos do Conselho

Uma das explicações para a ação que tenta barrar a cessão do imóvel à Polícia Militar lembra a lei 13.026/2017, que institui o Plano Municipal de Cultura, tem entre seus artigos a garanti de que “imóveis de uso cultural do Município (Estação Saudade, Estação Arte, Mansão Vila Hilda, Estação Paraná, Casa da Dança, Cine Teatro Ópera, Centro de Cultura e Concha Acústica Carlos Gomes) permaneçam dentro da área de cultura com finalidade de valorização cultural e histórica da cidade”.

Além disso, há o argumento de que a lei 5.018/94, que cria a Casa da Memória de Ponta Grossa, estabelece que “sua instalação será feita no imóvel denominado Estação Paraná, de propriedade do Município, tombado pelo Patrimônio Histórico da Secretaria de Estado da Cultura, de 1990”. Por fim, os conselheiros também dizem que não foram ouvidos sobre a proposta de cessão do imóvel e classificam o anúncio de Rangel como “decisão unilateral”.

Mudança de sede

No ano passado, todo o acervo da Casa da Memória foi transferido para um imóvel alugado pela Fundação Municipal de Cultura para que o telhado da Estação Paraná fosse reformado. Até agora, os documentos não foram devolvidos para a sede oficial da entidade responsável por preservar a história do município. Caso a instalação da 1ª Companhia da PM seja confirmada, a Casa da Memória ficará na Mansão Vila Hilda. Hoje, a sede da 1ª Cia fica no Parque Ambiental, próximo ao Shopping Palladium.

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