Toque de recolher acaba nesta semana, diz Rangel
Em tom de desabafo, prefeito criticou aglomerações em parques da cidade e decidiu que toque de recolher não será mais renovado
Publicado: 08/09/2020, 08:49
Em tom de desabafo, prefeito criticou aglomerações em parques da cidade e decidiu que toque de recolher não será mais renovado
O prefeito Marcelo Rangel (PSDB) usou seu programa de rádio na manhã desta terça-feira (8) para avisar que não deve renovar o toque de recolher nesta semana. O decreto municipal que proíbe a circulação de pessoas e o funcionamento de estabelecimentos não essenciais entre 0h e 6h vale até a próxima segunda-feira (14) e, de acordo com o chefe do Executivo, não faz mais sentido ser renovado.
Em tom de desabafo, o gestor municipal criticou as aglomerações registradas nos parques e balneários do município ao longo do feriado. “Vamos mandar a Guarda Municipal com cassetete para tirar a população? Claro que não. Ou então a gente vai mandar os bombeiros jogar água nas pessoas? Não existe a possibilidade técnica de se diminuir aglomeração nesses locais, é impossível”, disse o prefeito ao responder às cobranças recebidas por seguidores nas redes sociais sobre a liberação desses espaços.
Ao ponderar que as pessoas já se cansaram do isolamento e citar manchetes de jornais nacionais mostrando o desrespeito ao isolamento e distanciamento social em outras regiões da cidade, Rangel disse que não faz mais sentido renovar o decreto municipal que regula a circulação de pessoas durante as madrugadas. “Do que adianta fazer o toque de recolher, se no fim de semana todo mundo está se aglomerando?”, indagou o tucano. “Não existe como proibir as pessoas de saírem, de irem a uma cachoeira, principalmente num feriado”, complementou.
Rangel também lembrou que espaços como a Cachoeira da Mariquinha, Balneário Rio Verde e Capão da Onça ficam em propriedades particulares, tornando ainda mais difícil a fiscalização. “O Buraco do Padre e Vila Velha seguem as orientações do governo do Estado, esses outros lugares não têm protocolo porque é praticamente tudo aberto e não tem controle”, explica. “Claro que foram na internet cobrar o prefeito, mas lá é particular, o que pode ser feito?”, justifica o gestor municipal.
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