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PG pode se transformar em grande polo automotivo

Tatra e DAF colocam município em posição privilegiada e permitem a atração de outros investimentos

Essa será a primeira planta da montadora tcheca no Brasil
Essa será a primeira planta da montadora tcheca no Brasil -

Dhiego Tchmolo

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Tatra e DAF colocam município em posição privilegiada e permitem a atração de outros investimentos

Com as montadoras Tatra e DAF Caminhões, Ponta Grossa pode se transformar em um dos maiores polos do Paraná e do Brasil. Assim como essas duas empresas, outras poderão instalar unidades no município, beneficiando-se da infraestrutura privilegiada (proximidade do porto de Paranaguá, grande entroncamento rodoviário e ferrovias), além dos incentivos fiscais oferecidos pelo Estado e Prefeitura.

Essa será a primeira planta da Tatra no Brasil. O barracão de seis mil metros quadrados que abrigará a multinacional começou a ser construído há aproximadamente um ano e fica no distrito industrial de Ponta Grossa, às margens da BR-376. Num segundo momento ela também terá uma pista de teste para os veículos no município.

Inicialmente a produção utilizará o sistema CKD (somente montagem no Paraná), mas os últimos meses de 2020 já serão utilizados para estruturar o início do ciclo de investimentos mais robusto da empresa nesta planta para produzir veículos a partir de partes, motores, componentes e acessórios fabricados ou fornecidos por empresas brasileiras, especialmente paranaenses. A planta terá capacidade para produzir 225 caminhões por ano a partir de 2022 e até 800 caminhões/ano depois de 2025.

Boa parte dos componentes dos caminhões deve ser adquirida da DAF de Ponta Grossa, que pertence ao grupo PACCAR, com quem o CSG Aerospace tem uma parceria na Europa. Muitas peças utilizadas pelos caminhões e veículos da Tatra no exterior são provenientes da DAF, como os motores, cabines, conjuntos ópticos, entre outros itens.

O presidente da TatraBras destacou que o objetivo da parceria é gerar novos mercados para a empresa e desenvolvimento econômico para o Paraná. “A ideia é atingir toda a América Latina. Temos 39 consulados credenciados no Estado, ou seja, os países com representação no Paraná certamente estão juntos nessa empreitada. Já temos diálogos avançados com o Chile e Angola e a ideia é ampliar essas negociações”, afirmou Rui Lemes.

Com a instalação da TatraBras, o Paraná se consolida como um dos maiores polos automotivos do Brasil. Atualmente o parque paranaense responde por 15% da produção nacional de veículos, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Carros, caminhões, ônibus, vans, tratores e colheitadeiras, além de motores, cabines, acessórios e peças, formam o rol de produtos da cadeia automotiva paranaense. São cerca de 600 indústrias envolvidas no sistema produtivo.

O Paraná abriga montadoras globais de veículos como a Renault, Volkswagen-Audi, Volvo e DAF; de maquinário, como New Holland e Caterpillar; de motores, FCA Fiat Chrysler e Paccar; e de pneus, Dunlop. A produção deste grupo abastece o mercado doméstico e também países da América do Sul, Europa, Ásia e Estados Unidos.

A indústria automotiva do Paraná se fortaleceu ao longo dos anos, contribuindo para o adensamento de cadeias, e multiplicou o valor gerado pelo parque industrial paranaense. A fabricação de automóveis e utilitários responde por 7,6% do Valor da Transformação Industrial (VTI) do Paraná, enquanto a produção de autopeças responde por 2,8%, de caminhões e ônibus, por 2,1%, e a de cabines, carrocerias e reboques atinge por 0,28%, segundo a Pesquisa Industrial Anual – Empresa, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor fechou 2019 como o quinto principal exportador do Estado, representando 4,1% de tudo o que foi negociado com o exterior. Foram US$ 668 milhões em vendas, atrás apenas das exportações do setor agropecuário (soja, milho, carnes congeladas). Apenas São Paulo exportou mais, US$ 1,5 bilhão. Argentina, Colômbia e México foram os principais destinos dos veículos paranaenses.

Secretário cita ambiente propício

O secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro, citou que as duas empresas permitirão um ambiente atrativo para outros negócios do setor automotivo. “Provavelmente vai começar a chegar algum fornecedor que ainda não estava em Ponta Grossa, mas como agora tem duas fábricas, compensa se instalar aqui para atender a essas fábricas, e assim vai acontecendo”, destacou Loureiro.

Com informações da assessoria de imprensa.

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