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Gravidez na quarentena: pré-natal pode ser feito em casa

Estudo aponta que 7 milhões de gravidezes não planejadas possam surgir durante isolamento social realização de pré-natal em casa reduz exposição da mãe e possibilita um melhor estado emocional

Realização da consulta médica, assim como exames laboratoriais de rotina, pode ser feita em casa
Realização da consulta médica, assim como exames laboratoriais de rotina, pode ser feita em casa -

Da Redação

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Estudo aponta que 7 milhões de gravidezes não planejadas possam surgir durante isolamento social realização de pré-natal em casa reduz exposição da mãe e possibilita um melhor estado emocional

Enquanto o número de casos confirmados do novo coronavírus cresce a cada dia, outro dado também tende a aumentar: a quantidade de gestações. A falta de acesso a métodos contraceptivos por conta da pandemia — que pode afetar cerca de 47 milhões de mulheres no mundo — poderá ocasionar em 7 milhões de gravidezes não planejadas, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Nesse contexto, o isolamento social pode contribuir para um novo “baby boom”.

É preciso repensar alguns cuidados durante a gestação, uma vez que, com a pandemia, é importante ter mais cautela. “As orientações comuns de evitar sair de casa, cuidar com a higiene das mãos e superfícies permanecem as mesmas”, afirma Aline Pasiani, coordenadora médica da Lar e Saúde, uma das maiores prestadoras de serviço home care do Brasil. “Por outro lado, vale reforçar que, mesmo com as medidas de isolamento, é primordial realizar o pré-natal normalmente”.

Mais segurança e menos exposição a riscos

Nestes casos, para as mulheres que se sintam mais seguras, a realização da consulta médica, assim como realização de exames laboratoriais de rotina, pode ser feita em casa. “É possível fazer a consulta de pré-natal tranquilamente. Assim, evitamos a exposição a riscos desnecessários, deslocando a mãe apenas para exames mais específicos de imagem e também para o momento do parto”, afirma Pasiani.

De acordo com a especialista, além de transmitir mais segurança para a mulher, a realização do pré-natal em casa pode proporcionar mais conforto, comodidade e participação da família nesse momento, sobretudo durante a pandemia. “O estado emocional da mãe faz toda a diferença uma vez que o corpo libera hormônios (de estresse, mas de amor também) e isso interfere no bebê. É algo único para a mulher e, por isso, além da parte médica, é preciso curtir o momento e se inteirar desse novo mundo. Se o fato dela estar em casa proporcionar mais praticidade, tranquilidade ou acolhimento, certamente será benéfico para ambos”.

Além disso, o cuidado com mãe e bebê em casa também acontece após o nascimento. “O ideal é que a primeira visita médica ocorra nos primeiros 10 dias e fazer isso em casa é muito viável. A equipe médica, junto com a equipe de enfermagem podem ensinar a mãe a como dar banho, a pega para a amamentação e outras orientações e avaliações médicas iniciais. Estar em casa ajuda a mãe a ter mais confiança no período inicial com o filho”, afirma Pasiani.

Dentre as demais recomendações para o período da gravidez ainda estão a manutenção de uma alimentação balanceada – que beneficia mãe e bebê –, a não ingestão de alimentos crus, a realização periódica de exames gestacionais (para identificação de infecções virais e bacterianas), e a ingestão de líquidos.

Acompanhamento multidisciplinar

Pasiani ainda explica que, caso seja necessário, também é possível realizar o acompanhamento com outros especialistas em casa. “Caso a mãe tenha alguma doença de base, uma gestação de risco ou precise de um acompanhamento nutricional e com outros especialistas, podemos indicar ou ajustar o acompanhamento, conforme a necessidade”.

A fisioterapia pode ajudar muito nesse período, com exercícios pensados para a fase da gestação que contribuem para alívio de dores, prevenção de lesões, melhora na circulação sanguínea, diminuição de edemas nos membros inferiores e até mesmo para um crescimento mais saudável do feto e um melhor preparo para o parto.

“Durante a gestação é comum em alguns casos ocorrer enfraquecimento de alguns músculos, responsáveis pela sustentação de órgãos como bexiga, útero e intestino. Exercícios feitos da forma correta fortalecem esses músculos e minimizam complicações como a incontinência urinaria após o parto, por exemplo. Por isso é importante que algumas atividades sejam feitas para prevenir esse tipo de complicação e também para que estes músculos estejam preparados para o momento de trabalho de parto.”, afirma Priscila Neves, fisioterapeuta supervisora da equipe multidisciplinar da Lar e saúde.

A especialista ainda ressalta que é preciso uma autorização médica e acompanhamento profissional para a prática dos exercícios durante a gestação. “É importante ter o auxílio de um fisioterapeuta para orientar quanto a postura e agregar com outros recursos que podem ser levados até a residência. Além disso, é possível realizar drenagem linfática nos casos em que a gestante apresenta retenção de líquido, uma vez que ajudam no relaxamento, na diminuição da tensão muscular e aumentam circulação”.

O acompanhamento nutricional também é fundamental para o período de gravidez e, da mesma forma, pode ser realizado em casa. “A gestação é o momento de maior demanda nutricional na vida da mulher. Os processos que ocorrem no organismo demandam mais energia para suprir as necessidades básicas da mãe e do bebê”, afirma Hiana Lampier Pinto, supervisora de nutrição da Lar e Saúde.

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