Sem aulas e com mais
tempo dentro de casa, crianças tendem a passar mais tempo em smartphones,
computadores e videogames
A mudança na vida das famílias foi drástica e repentina. De
uma hora para a outra, milhões de crianças deixaram de ir para as escolas e
agora estão em casa e em isolamento, onde a tentação pelos dispositivos
tecnológicos acaba atraindo os jovens cada vez mais para smartphones,
computadores e videogames. Embora a tecnologia tenha se mostrado fundamental
especialmente nesse período, oferecendo diversas oportunidades de socialização
com amigos e familiares e também com novas formas de aprender e brincar, essa
nova realidade também apresenta desafios para os pais.
Com essa nova realidade, o ambiente digital surge com duas principais
funções: manter o aprendizado o mais próximo possível do ideal e também a de
manter crianças e adolescentes próximos dos amigos. Esses dois aspectos são
fundamentais para o desenvolvimento da criança, tanto pedagógico quanto
cognitivo. As escolas agora encaram o desafio de manter engajado um público que
tem milhões de distrações ao alcance de um clique.
Para que a relação com a tecnologia seja saudável, não basta apenas controlar o tempo de tela, já que essa forma de mensurar o relacionamento entre criança e ambiente digital não é o mesmo em todos os casos. Uma hora de aulas e interação com os amigos e familiares não tem o mesmo efeito de uma hora jogando online ou assistindo vídeos. Portanto, os pais devem entender que as atividades com tela não devem ser todas colocadas na mesma prateleira. Afinal de contas, algumas são passivas e irrelevantes, enquanto outras são educativas e interativas, ou até mesmo para diversão.
Para integrar-se à vida dos filhos, os pais podem aproveitar
esse maior tempo de tela para conhecerem mais sobre a vida online de seus
filhos. Conversar sobre os jogos favoritos, desenhos, filmes e aplicativos mais
usados por eles podem reaproximar pais e filhos e levar a discussões mais importantes,
como as opiniões deles sobre alguns assuntos e a importância de se proteger de
experiências negativas.